Reflexões pós natal – O ódio de satanás contra a encarnação do Verbo

Salve Maria Imaculada!

Após este Natal fiquei refletindo sobre algumas coisas. O que é mesmo Natal? Como é difícil ver que as pessoas celebram algo que desconhecem. As pessoas tem o Natal simplesmente como um feriado qualquer tirado para cometer pecados. O que as pessoas fazem nesta data tão especial para nós católicos, é o mesmo que fazem em festas mundanas como Carnaval.

No Natal celebramos (celebrar, alegrar-se, e não farrear mundanamente) o nascimento do Senhor Jesus Cristo. Aliás, é muito mais que um nascimento de uma pessoa. O nascimento de Jesus marca para nós a encarnação do Verbo, ou seja, é Deus quem se encarna e se faz homem no meio de nós. Mas muitos cristãos parecem não se importar com isso...

Muita gente acha que o Natal é tempo de filantropia. É comum vermos as velhas campanhas de pseudo caridade. Obviamente que não sou contra a ajuda ao próximo. Mas é que parece que morador de rua só come no Natal, só sente frio no Natal... Se o Natal é a celebração da encarnação do Verbo, ou seja, Deus está no meio de nós; será que não seria interessante, e muito mais cristão da nossa parte, ajudar os mais pobres durante todo o ano?

Nessa época as pessoas desejam paz, felicidade, alegria, amor, etc., e tal. Mas muitos nem acreditam na existência de Cristo. Sejamos sinceros: o que é paz? Nós só teremos paz em Cristo. Aliás, Cristo é o nosso Shalom! Cristo é a verdadeira paz. Como Ele mesmo diz para Santa Faustina: “o mundo não encontrará paz enquanto não se voltar para a minha misericórdia”. Ora, como desejamos a paz se estamos em meio a guerra do mundo e queremos continuar nela? Que guerra? - podem me perguntar alguns -. A guerra da bebedeira, da prostituição, das drogas, do divórcio, da sodomia, da bagaceira geral. Paz? Só na vida em Cristo! Felicidade? Em Cristo! Alegria? Nunca encontrei nos vinhos velhos que bebi, na vida passada, mas só encontrei no vinho novo da vida em Cristo! Amor? Só encontrei no Ressuscitado que passou pela Cruz! Até quando essa sociedade será hipócrita e ficará procurando a felicidade onde não tem? Só em Deus podemos ser felizes.

Não sou melhor do que ninguém. Antes seja pior que todos. Mas Deus, através de Nossa Senhora, em Sua infinita Misericórdia, me deu a graça de na véspera de Natal ir para o Santo Sacrifício da Missa celebrada por Dom Aparecido, comungar o Corpo e o Sangue de Cristo, celebrar o Natal lá, voltar pra casa na verdadeira paz que só encontro na Eucaristia. Mas em contrapartida no caminho a gente vê a degradação do mundo, a falsa paz, o ódio do encardido à encarnação do Verbo. Tanta bebedeira, latas de cerveja, farras, músicas mundanas dos piores níveis... Em casa dava para ouvir. E era tanta festa por perto que tinha hora que era bem três ritmos diferentes ao mesmo tempo. Muito mundanismo no dia que celebramos a encarnação daquele que veio, se encarnou, morreu na Cruz e ressuscitou para nos tirar do mundo pecaminoso.

Mas não quero simplesmente dizer “poxa, ninguém celebra o Natal direito, ninguém quer saber de Deus.” Não! Na verdade, nesses dias natalinos eu refleti de uma forma diferente. Na realidade eu não vi tanto o pecado ao meu redor. Eu simplesmente vi que o pecado que me rodeia é reflexo do pecado que está dentro de mim. Sim! O pecado da minha omissão. O pecado da minha falta de oração. Não adianta eu dizer que ninguém lembra de Cristo no Natal, se durante todo ano eu não fiz a vontade de Deus que era evangelizar e levar Cristo para essas pessoas que não O conhecem. Muitos sabem de Jesus só de nome; vão pra Igreja, até servem, mas não tiveram uma experiência com Cristo. Sim, eu deveria ter me mortificado, sangrado, dado a vida para que Cristo fosse adorado neste lugar. Então, se eu não consumi a minha vida pela evangelização, que direito eu tenho de apontar o dedo? O mais podre sou eu que não fiz a vontade do meu Amado. Maior pecado tem eu, porque eu O conheço e não O transmiti para as pessoas. Para que alguém tenha fé, é preciso que alguém pregue. Eu não preguei como deveria.

Nossa Senhora quando apareceu em Fátima disse de forma direta: “Muitas almas vão para o inferno porque não há quem reze e se sacrifique por elas”. Talvez neste Natal muitos se encaminharam para a perdição. Mas o que me dói é: eu rezei e me sacrifiquei para que se convertessem? É, meus caros irmãos, é preciso dar a vida. Conversão! Conversão! Conversão! Nossa Senhora, também em Fátima, disse aos pastorinhos que se o povo rezasse o terço todos os dias acabaria a guerra. Se essa guerra do pecado não cessa, e até no Natal vimos o que vimos, é porque nem o povo Católico tem rezado o Terço (vamos nem citar o Rosário para não passarmos vergonha). Então busquemos sempre ao ver essas situações rezar “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim pecador”, pois o pecado da nossa omissão em anunciar Cristo, denunciar o pecado, enfim, esse nosso calar tem feito o mundo se afogar em pecados. E se não nos convertermos o mundo se afogará na ira de Deus.

Mas toda essa onda de pecados nesta celebração do Natal é instigada pelo demônio. Meus queridos irmãos, o demônio odeia o mistério da encarnação de Jesus no seio da Virgem Maria. Lembro-me que em um retiro em que uma garota manifestou o inimigo, fomos rezar o Rosário pedindo a sua libertação da opressão do mal. Quando rezávamos o Credo e falamos “...nasceu da Virgem Maria” o encardido começou a rir e meio que zombar (se não me engano até disse “não creio não” – e rindo). Por quê? Porque ele odeia tanto a Virgem Maria, pois a Virgem Santa disse SIM a Deus, foi humilde, obediente, e Ela se tornou o primeiro Sacrário vivo de Jesus. E depois porque odeia a encarnação do Verbo em si. Ou seja, o demônio odeia ver o amor de Deus por nós. Deus se humilha ao se fazer homem. Para nos salvar. Para nos tirar das garras do demônio. E se o demônio não conseguiu derrotar Jesus durante Sua missão na terra. Cristo morreu na Cruz e ressuscitou. Se ele não conseguiu tocar na Virgem Maria (que foi Imaculada e não cometeu pecado nenhum na terra, nem mesmo venial, foi toda pura); ele então toca na humanidade podre a fazendo profanar no dia santo do Natal. Se ele não conseguiu impedir a encarnação do Verbo, ele profana essa celebração. Faz que os homens cometam os pecados mais horríveis e cometam atos de ódio contra Deus, no dia da Sua encarnação. Sim, tudo pra provocar a Deus. O demônio é sujo. Tanto é verdade que vemos o Carnaval, por exemplo, sendo uma época que com certeza é a que mais se cometem pecados mortais, sendo festejado no início da Quaresma. Ou seja, na época de conversão o demônio faz as almas se perderem. Na época em que nos preparamos para a Semana Santa para meditarmos a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, o demônio faz com que os homens cuspam na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo com seus pecados.

E quero encerrar essa meditação, lembrando a você que esteja em pecado mortal, que esteja festejando, farreando, nas drogas, na prostituição, na vida podre... Seja sincero, você não é feliz. A tua felicidade é Cristo. Volto a lembrar o que disse Jesus à Santa Faustina: “O MUNDO NÃO ENCONTRARÁ PAZ ENQUANTO NÃO SE VOLTAR PARA A MINHA MISERICÓRDIA!” Volte para Cristo! Confesse os teus pecados para um padre. Seja santo. Essa é a vontade de Deus. “Sede santo, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo” (Lev. 19,2). Não há pecado que não possa ser perdoado, pois a Misericórdia de Deus é infinita. VOLTE PRA DEUS!

Ninguém é tão pecador, que não alcance misericórdia. A misericórdia divina é maior que nossas maldades. Mas sob a condição de que desejemos nos corrigir na santa confissão, com o propósito de preferir a morte ao vômito (Pr26,11)” (Santa Catarina de Sena)


Por agora satanás pode estar fazendo almas se perderem. Mas eu creio nas promessas de Nossa Senhora em Fátima: “POR FIM O MEU IMACULADO CORAÇÃO TRIUNFARÁ!”

Salve Maria Imaculada!

Os três tipos de Católicos.


"Existia uma alma que se encontrava em cima de um muro. De um lado do muro haviam anjos que pediam para que a alma fosse para o lado deles. Do outro lado havia os demônios que estavam calados diante de tudo aquilo. A alma perguntou aos anjos o porquê deles clamarem tanto enquanto os demônios se calavam. Eis que a resposta veio justamente de um dos demônios, que disse: "O muro a nós pertence"."


"Conheço as tuas obras: não és nem frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente!
Mas, como és morno, nem frio nem quente, vou vomitar-te." (Apocalipse 3, 15-16)



Desta pequena crônica, podemos fazer as seguintes análises e a seguinte conclusão:




Existem três tipos de católicos:


Os modernistas
(Os aceita-tudo)

São aqueles que aceitam as novidades propostas pelo modernismo, este já condenado abertamente pelo Magistério Infalível da Santa Igreja e pelos santos.

"NÃO importa se estas novidades são contrárias à fé, o que importa é "modernizar a Igreja, pois, afinal, estamos no século XXI"."

O mundo moderno faz com que homem se esqueça de coisas que são extremamente importantes, como Deus, a Santa Igreja, Sua doutrina e a Morte. De que vale ao homem conquistar o mundo e perder sua alma? O modernismo é falso. É preciso virar as costas ao modernismo. É obra do inferno. Mesmo os Sacerdotes que difundem o modernismo nem sequer estão de acordo entre si. Nenhum está de acordo quando estes se encontram nesta situação: aderindo ao modernismo.

São estes os do tipo que aceitam todas as religiões, que transformam a Missa em um palco, que participam de seitas protestantes, argumentando que apenas pretendem "estar em plena comunhão com nossos irmãos de outras religiões".


Ainda podem ser chamados de católicos ou simplesmente de católicos protestantes?


O que já disse João Paulo II, que continuou o seu papado afirmando abertamente que este seria totalmente nas diretrizes do Vaticano II(ler artigo: O Vaticano II e seus frutos)


«Temos que admitir realisticamente e com sentimentos de intensa dor que hoje os Cristãos, na sua grande parte, sentem-se perdidos, confusos, perplexos e mesmo desapontados; abundantemente se espalham ideias contrárias à verdade que foi revelada e que sempre foi ensinada; heresias, no sentido lato e próprio da palavra, propagaram-se na área do dogma e da moral, criando dúvidas, confusões e rebelião; a liturgia foi adulterada. Imersos num relativismo intelectual e moral e, portanto, no permissivismo, os Cristãos são tentados pelo ateísmo, pelo agnosticismo, por um iluminismo vagamente moral e por um Cristianismo sociológico desprovido de dogmas definidos ou de uma moralidade objectiva».

Papa João Paulo II, citado em
L'Osservatore Romano,
7 de Fevereiro de 1981.



"Neo-tradicionais"
(Defendem a tradição mas apoiam o modernismo)


Exite os que se auto-intitulam "tradicionais" ou "tradicionalistas" mas que aceitam tanto a tradição quanto o modernismo, apenas para agradar aos dois lados. Quem fica encima do muro, está com o demônio e não com Deus. Deus Pai vomitará os que são mornos. Estes são piores que os modernistas, pois eles ao menos escolheram um lado, enquanto estes pretendem agradar a Deus e ao mundo, mas se esquecem que "não se pode agradar a dois senhores ao mesmo tempo".

É mais que comum ver católicos que assistem à Santa Missa no Rito de Sempre e participam das chamadas "Missas Carismáticas", e são os primeiros a rebolarem, cantarem e rezarem em línguas dentro de uma igreja, profanando assim o local onde Nosso Senhor habita.

Repetindo o versículo do início do artigo:
"Conheço as tuas obras: não és nem frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente!
Mas, como és morno, nem frio nem quente, vou vomitar-te."

São estes os que estão encima do muro. Que rezam o confiteor na Missa de Sempre mas que são simpatizantes ou até mesmo participantes das sacrílegas "Missas de Cura e Libertação" e carismáticas.


Se Deus vai vomitar os que são mornos, seriam estes ainda católicos?



Católicos
(Vulgo tradicionais)


São estes os católicos, propriamente ditos.

Todos os CATÓLICOS são tradicionais, apenas por seguirem tradições e repetirem o que é verdadeiramente da Fé Católica, rejeitando o que é estranho e contrário aos ensinamentos da Igreja. Antes de serem chamados de tradicionais, devem ser chamados de Católicos. São estes os que repetem o que os Papas disseram ao longo dos séculos. São estes os que não têm medo de condenarem as seitas, as outras religiões e tudo aquilo que é de moderno, ofensivo e perigoso à Fé.

Mas estes católicos devem ter medo de serem chamados de "radicais" por dizerem: "Extra Ecclesiam nulla salus" (Fora da Igreja não há salvação)?

Resposta: Não.

Os Papas já afirmaram isto. E os católicos verdadeiros são fiéis à sucessão de São Pedro, estes que repetiram ao povo católico o que os seus antecessores ensinaram, afinal, é melhor ser radical, mas com os papas, ou, "amigo de todos" sem eles?

Rezamos na Santa Missa: "...quia peccavi nimis cogitatione verbo, et opere..." (...porque pequei muitas vezes, por pensamentos, palavras e obras...); A omissão é um ato pecaminoso. Negar o que os papas e o que a Igreja afirma, é pecado, é omissão gravíssima, em outros casos é até mesmo pena de excomunhão, pois afinal, por que ser católico se não queremos seguir o que a Igreja afirma em sua infalibilidade? Na realidade, a quem queremos agradar...? A Deus ou ao mundo moderno, decadente? Repetindo o que foi dito no início do artigo: De que vale ao homem conquistar o mundo e perder sua alma?


Mas... o que os papas dizem?


Papa Pio XII

"Para definir e descrever esta verdadeira Igreja de Cristo - que é a Santa, Católica, Apostólica Igreja Romana - nada há mais nobre, nem mais excelente, nem mais divino do que o conceito expresso na denominação "corpo místico de Jesus Cristo" (Mystici Corporis)


Papa Pio XI

"Só uma Religião pode ser verdadeira: a revelada por Deus; a única Religião revelada por Deus é a Igreja Católica" (Mortalium Animos)



Papa S. Pio X

"Os verdadeiros amigos do povo não são revolucionários, nem inovadoresmas tradicionalistas"
(Notre charge Apostolique)



A quem os católicos devem seguir? Ao senso do "politicamente correto" proposto pelo mundo moderno ou aos santos e Papas que afirmaram categoricamente que apenas existe uma única Igreja, um único meio de Salvação, este meio que é o de rejeitar todas as outras religiões, aceitar e seguir apenas o que a Santa Igreja Católica Apostólica Romana sempre ensinou?

O que vem dos hereges, não pode ser algo de bom. Deveria o católico aceitar as outras religiões? Assim como o modernismo, as falsas religiões existem para acabar com as tradições bi milenares, costumes e o sentido universal da salvação que viveram os santos. Se o Papa São X condenou o modernismo, com qual autoridade um padre moderno pode exaltar e propagar o mesmo? Se alguma pessoa ousar argumentar: "O dito Papa já morreu, devemos seguir o que os papas atuais pregam", esta pessoa não é católica.


A razão do porquê os católicos dos dias de hoje têm medo de afirmar a Doutrina de Sempre, o que os Santos e Papas afirmaram ao longo dos séculos, da Salvação existir apenas no seio da Santa Madre Igreja, se dá ao fato de os últimos papas não afirmarem abertamente (ou simplesmente não afirmarem) que a salvação existe apenas na Igreja Católica, mas que "subsiste" Nela, dando abertura ao pensamento de que a Salvação Eterna também é possível nas outras religiões, dando ao homem o famoso direito de escolher a sua religião "a gosto do freguês".

Em uma família onde os pais não dão educação religiosa e moral aos filhos, quando eles crescerem, naturalmente, eles não serão verdadeiros cristãos e possuirão valores morais duvidosos. Mas convém lembrar que até mesmo Cipriano, o Feiticeiro, se converteu após anos de bruxaria, óbvio que cristãos mal educados quando crianças poderão sim reverter a situação e se tornarem verdadeiros católicos, não sendo esta a questão, mas sim que o princípio da educação cristã está na base ensinada pelos pais.


Se os papas, bispos e padres dos tempos atuais não ensinam o que os seus antecessores ensinaram por séculos, onde os "jovens modernos" poderão se inspirar e tomar exemplo para serem CATÓLICOS?



"Em tudo me sujeito ao que professa a Santa Igreja Católica Romana, em cuja fé vivo, afirmei viver e prometo viver e morrer"


Salve Maria!

Twitter: Quem estamos seguindo?

Twitter talvez febre entre adolescentes, jovens e tantos outros que são assim chamados “seguidores”, contudo neste artigo fico a pensar como é simples para muitos passarem o dia a seguir pessoas que infelizmente na maioria das vezes expõe coisas tão supérfluas como frases que não trarão qualquer tipo de beneficio, Certamente alguns de vocês poderiam discordar e até mesmo criticar meu comentário dizendo que varias das pessoas que utilizam este recurso o fazem como instrumento de tamanha utilidade para todos. Bem de certa forma sou obrigado a concordar.

Contudo meu ponto de vista é tão somente de expor que nos dias em que estamos vivendo as pessoas seguem pessoas que simplesmente são famosas, sem que esta tenha que ter no mínimo qualquer tipo moral ou conduta ética, seguem apenas por seguir.

Fico a pensar é tão fácil passar o dia seguindo pessoas mais é tão difícil para alguns Seguir aquele que deve ser seguido, JESUS de Nazaré.
Nos dias em que Cristo esteve a realizar seu ministério terreno ele foi abordado por certo moço que o disse: “Mestre te seguirei por onde quer que fores” se fosse nos dias de hoje ele estaria dizendo serei teu seguidor no twitter, Mais a resposta de Cristo o surpreendeu pois Jesus lhe disse “As raposas tem covis e as aves do céu tem ninhos, mais o filho do homem não tem onde reclinar a cabeça” Mt 8.20
Esta talvez seja a reposta as minhas indagações, porque as pessoas seguem as outras pessoas e não a Cristo? Porque seguir a Cristo nos leva a uma vida de “perda” neste mundo, e de desprendimento, e realmente as pessoas não estão dispostas a isso.

Será amigo que temos seguido quem realmente deve ser seguido? Ou estamos apenas nos embaraçando com as coisas deste mundo?
Disse Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. João 14.6. Desta forma o único meio de adentrarmos a vida eterna é o seguirmos tão somente a Ele.

A que ponto chegamos?

"Vivemos numa época em que são evidentes os sinais do secularismo. Deus parece ter desaparecido do horizonte de várias pessoas ou ter-se tornado uma realidade diante da qual o homem permanece indiferente" (Bento XVI)



As palavras acima pertencem ao Papa Emérito Bento XVI e foram proferidas no ano de 2011, durante uma Audiência Geral. Apesar do aparente pessimismo quanto à cultura moderna, o discurso do Santo Padre é preciso e, ao mesmo tempo, preocupante. Primeiro porque reflete sobre o avanço cada vez mais desenfreado do secularismo e do indiferentismo religioso. Segundo porque faz alusão aos sinais dessa nova cultura que, sob muitos aspectos, se apresenta de maneira violenta e agressiva contra a religião cristã.
Se no passado os gritos de ordem dos opositores da Igreja eram frequentemente recheados de bonitos apelos pela "tolerância", "pluralidade", "respeito" e "igualdade", hoje, a ação desses grupos não tem qualquer pudor de se valer de ofensas, injúrias e até violência física e verbal. Uma mostra do processo de imbecilização da sociedade que, infelizmente, parece caminhar a passos largos. Quando se coloca de lado a reta razão e se se deixa levar pelas ideologias utópicas, cheias de promessas de um "mundo melhor", o homem assume o risco de criar um ainda pior que o anterior. E a História é prova disso.
No entanto, apesar do testemunho contundente do fracasso das ideologias revolucionárias, a quantidade daqueles que se decidem pelos modismos da época multiplica-se de uma maneira inaudita. Ao mesmo tempo, a repressão a tudo que se refere à religiosidade, seja em termos morais, seja culturais, tem quase status de cláusula pétrea dentro da agenda secularista. Achou um exagero? Então leia os casos a seguir!
Bruxelas - Bélgica - um bispo católico atacado por um grupo de mulheres seminuas protestando contra a "homofobia". (termo cunhado para rotular de preconceituoso qualquer crítica ao homossexualismo). A cena é chocante. Trata-se das ativistas do Femen e do arcebispo de Mechelen-Bruxelas, Dom Andre-Joseph Leonard, em mais um episódio grotesco da loucura feminista. Durante uma conferência de Dom Leonard numa universidade da cidade, as senhoras desnudas invadiram o auditório e tacaram-lhe água, enquanto gritavam e blasfemavam de maneira histérica. Não obstante à agressão, Dom Leonard não reagiu e sequer lhes dirigiu o olhar. Respondeu apenas com um beijo na imagem da Virgem Santíssima.

Qual é o preço de ser um cristão?


Cristo pagou um preço altíssimo na cruz por cada um de nós e agora chegou o momento de esta geração dar a sua resposta
Qual é o preço de ser um cristão? Nos dias de hoje, o católico é quase que obrigado a carregar a pecha de "fundamentalista", "preconceituosa", "reacionária" e outros pejorativos estrategicamente cunhados para desqualificar qualquer um que carregue no peito a cruz redentora de Cristo. Sofrem um verdadeiro martírio branco, pois já não se fazem mártires pela espada, mas pela calúnia. Que fazer? Para onde ir? Como se defender?
"Quem não confessa Jesus Cristo, confessa o diabo". Foram com essas palavras que o Santo Padre, o Papa Francisco, abriu seu pontificado. Um alerta a todos aqueles que se distanciaram, de uma maneira ou outra, do Espírito de Deus. O católico deve fazer-se presente no mundo e revelar a cruz de Cristo como um luminoso farol que conduz ao céu.
 A nação brasileira tem uma altíssima vocação: a de ser Terra de Santa Cruz. Mas o que falta para que isso aconteça? Estudo, coragem, fidelidade, compromisso!

Por que devemos rezar se Deus não vai mudar Sua Vontade?


"Para esclarecimento desta doutrina, deve-se considerar que a providência divina não somente determina os efeitos, mas também de quais causas, e em que ordem são causados. Entre as múltiplas causas, há também as que são atos humanos. Donde ser necessário, não que os homens façam alguma coisa para, pelos seus atos, mudarem o que foi disposto pela providência divina, mas que, pelos seus atos, realizem alguns efeitos, segundo a ordem disposta por Deus. Isto acontece também nas causas naturais e algo semelhante na oração.
 Não oramos para mudar o que foi disposto pela graça divina, mas para que façamos o que Deus dispôs para ser realizado devido à oração dos santos. Por isso, escreve Gregório: "Pedindo, os homens mereçam receber aquilo que Deus onipotente determinou conceder-lhes desde a eternidade.

(...), portanto, deve-se dizer que não é necessário apresentar as preces a Deus para torná-Lo ciente dos nossos desejos ou indigências, mas para que nós mesmos consideremos que, nesses casos, se deve recorrer ao auxílio divino.

(...), deve-se dizer, como foi dito acima que a nossa oração não objetiva mudar aquilo que foi disposto por Deus, mas conseguir d´Ele, pelas orações, o que Ele dispôs.

(...), deve-se dizer que muitas coisas Deus concede por liberdade mesmo que não pedidas. Mas quando nos concede o que Lhe pedimos, o faz para nossa utilidade, a saber, para que consigamos a confiança para recorrer a Deus e tenhamos o reconhecimento de que Ele é o autor dos nossos bens. A respeito, escreve Crisóstomo: 'Considera quanta felicidade te foi concedida; quanta glória te foi atribuída; pelas orações, dialogar com Deus, conversar com Cristo, aspirar ao que querer e pedir o que desejas.'"

Assim, não procede a mentalidade deísta de que Deus criou o mundo e nele não intervém, portanto, rezar é inútil. O determinismo deísta não é cristão. Os cristãos sabem que é necessário rezar, é preciso suplicar a Deus, porém, isso levanta um outro problema: se a oração, a súplica é necessária e ela muda o agir de Deus, Ele é um Deus mutável, um Deus que instável em seus desígnios? A resposta é dada também pelo Doutor Angélico, conforme visto acima: a oração do homem faz parte do modo de a Providência divina operar.

O Catecismo da Igreja Católica ensina na mesma linha quando diz que "a oração cristã é cooperação com sua Providência, com seu plano de amor para com os homens". (2738) Portanto, Deus não determina, na sua Providência, somente o efeito final, mas também as causas através das quais Ele irá realizar, Ele determina também o caminho pelo qual o Seu desejo irá acontecer.

Deus é a fonte de todo o amor, mas Ele não quer ser o único que ama, Ele quer amar também com as suas criaturas. Quando Jesus conta a parábola da viúva, São Lucas esclarece logo no início que o que Ele queria era "mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre, sem nunca desistir." (Lc 18, 1) Esta é a lição a ser aprendida dessa parábola.
Uma outra pergunta poderia ser feita então: e se eu não rezasse, a vontade de Deus não aconteceria? A resposta se encontra no Livro de Ester quando Mardoqueu diz a ela que fora ali colocada providencialmente para salvar o povo, mas que nem por isso era 'necessária', pois mesmo se ela se calasse, Deus faria vir a salvação e a libertação do povo de outro lugar (conf. 4, 14).

Existe, portanto, uma grande dificuldade em sintonizar a Providência de Deus (bondosa, sábia e imutável) e a liberdade humana, pois são duas realidades aparentemente antagônicas: o homem é tão livre que pode dizer não a Deus; Deus há de realizar o seu projeto para cada indivíduo. Trata-se de uma dificuldade teólogica, porém, é sabido que na vida de oração o homem coopera com a Providência divina.
Atualmente, muitos teólogos têm negado a Providência divina, alegando que ela nada mais é do que uma "visão platônica" do Cristianismo. Tal posicionamento é inaceitável. O Concilio Vaticano I, na Constituição Dei Filius, diz que:

"Ora, tudo o que criou, Deus o conserva e governa com sua providência, 'alcançando com força de uma extremidade a outra e dispondo com suavidade todas as coisas'. Pois, 'tudo está nu e descoberto aos seus olhos', mesmo que há de acontecer por livre ação das criaturas." (DH 3003)
A Resposta Católica, portanto, é esta: Deus, por sua providência, fará prevalecer a sua vontade, mas Ele providencia também as orações dos homens.

Para onde conduz a ideologia gay?


Há aquela frase de efeito que diz que a inteligência humana tem limites, mas a estupidez não. Hoje eu pensei nela, obviamente mais como recurso retórico do que como proposição teológica, aplicada ao binômio santidade x pecado. Parece que há um limite para até onde o homem é capaz de subir; mas, para descer, desgraçadamente sempre encontra um buraco mais fundo onde se enfurnar. Isso porque, diferentemente do pecado, Deus não violenta a vontade humana: se ao homem que se esforça por se tornar melhor há sempre a concupsciência puxando-o para baixo, para aquele que dá as costas ao Altíssimo e afunda cada vez mais na podridão do pecado não existe nenhuma mão divina puxando-o para fora do pântano. Estendida em direção a ele, sim, sempre; arrastando-o contra a sua vontade, jamais.

Sempre me pareceu bastante óbvio que estimular e incentivar o homossexualismo fatalmente o levaria a se manifestar socialmente sob formas cada vez mais degeneradas. Porque, como se diz em boa teologia moral católica, abismo atrai abismo: o pecado clama por outro pecado ainda maior, e este por outro, e mais outro ainda, e esta cadeia só é encerrada quando o pecador, por misericórdia divina, cai em si e, com a graça de Deus, empreende um esforço lancinante para pôr fim ao redemoinho vicioso em cujo vórtice se encontra cativo. Como é bastante óbvio, uma pessoa que se encontra nessa situação lastimável merece toda a nossa solidariedade e todo o nosso auxílio para dar um basta ao drama que está desempenhando; quando, ao contrário, nós fingimos que isso é muito bonito e aplaudimos entusiasmados uma alma angustiada que sofre violentando diuturnamente a sua natureza, tornamo-nos réus da sua tragédia.

Não nos enganemos: seremos cobrados pelo triste fim de tantas pessoas que nós incentivamos a embarcar nesta canoa furada da violência contra a própria natureza à qual os homens dos dias de hoje gostam de tecer tantos elogios. Como se um barco furado fosse uma coisa positiva por quebrar os paradigmas anacrônicos da integridade dos cascos náuticos e por se constituir num grito de liberdade contra o imperialismo dos grandes transatlânticos e o eurocentrismo das caravelas que macularam a pureza das Américas transportando homens brancos para cá: chavões à parte, somos pessoalmente responsáveis por cada pessoa que, com nossa ação ou omissão, induzirmos a navegar neste esquife macabro.

Há uma forma bastante fácil de se comprovar empiricamente o quanto o homossexualismo é desordenado: basta dar-lhe livre curso social e observar se ele vai tender a algum equilíbrio ou se, ao contrário, vai polarizar-se em extremos cada vez mais ridículos. Infelizmente, nós já estamos em condições de conhecer os resultados desta experiência: este artigo do New York Times (traduzido na Folha) nos dá o triste e desolador retrato do nonsense ao qual conduz a exaltação da cultura gay. Espalhadas ao longo de um confuso e angustiante texto (onde ao leitor é propositalmente nebuloso saber, por exemplo, se as pessoas citadas são homens ou mulheres) estão inúmeras pérolas da intelectualidade e dos bons costumes contemporâneos.

Conforme o texto, há uma nova geração para a qual o simples direito de relacionar-se sexualmente com pessoas do mesmo sexo já não é mais o bastante. Reclamam a multiplicação das definições sexuais (ou “comportamentais”, “existenciais” ou seja lá como chamem isso), até o ponto de transformar a simples auto-definição das pessoas em uma atividade excruciante e enlouquecedora:
Se o movimento gay hoje parece ter como foco o casamento gay, a geração de Stephen busca algo mais radical: virar de ponta-cabeça os papéis e superar o binômio macho/fêmea.
Com a profusão de novas categorias, como “genderqueer” ["gênero bicha"] ou “andrógino”, cada uma dotada de uma subcultura on-line, montar uma identidade de gênero pode ser um verdadeiro trabalho do tipo “faça você mesmo”.

Trata-se de uma geração que tem profundos e nobres anseios, entre os quais se destaca a fixação fetichista em modernos utensílios descartáveis voltados à obtenção de prazer interpessoal igualmente descartável:
Em novembro, cerca de 40 alunos lotaram o Centro LGBT para o evento inaugural do grupo. O microfone estava aberto a todos. Os organizadores panfletaram convites oferecendo “camisinha de graça! Protetor labial de graça!”.

O profundo equilíbrio desses jovens encontra sua máxima representação num rapaz (?) que é incapaz de diferenciar um órgão sexual de um cinto de penetração e numa garota (?) que acha reconfortante mente normal enxergar a própria sexualidade como uma mancha amorfa:

Britt explicou que ser bigênero é manifestar tanto a persona masculina quanto a feminina, quase como ter um “pênis que possa ser colocado e tirado”.
No colégio, Kate se identificava como “ a gênero” (sem gênero) e usava o pronome “eles” (“they”, que é neutro em inglês); agora ela vê seu gênero como “uma mancha amorfa”.
As Universidades americanas, isentas de todo interesse pecuniário demagógico e motivadas somente por um profundo e angélico desejo de atender aos anseios legítimos desta comunidade, competem entre si para mostrar quem é a mais moderna e receptiva:
A Universidade do Missouri, em Kansas City, tem seu Centro de Recursos LGBTQIA que, entre outras coisas, ajuda os alunos a localizar banheiros “de gênero neutro” no campus.
O plano de saúde da faculdade [Universidade da Pensilvânia] inclui cirurgia de mudança de sexo.
A universidade [da Pensilvânia] já tinha duas dúzias de grupos de gays, incluindo o Negros Gays, a Aliança Lambda e o J-Bagel, a “comunidade judaica LGBTQIA”.

Segundo pesquisa do grupo Campus Pride, ao menos 203 campi permitem que alunos transgêneros dividam o quarto com colegas do gênero de sua preferência; 49 têm um processo de mudança de nome e gênero nos registros da universidade, e 57 cobrem terapia hormonal.
E, por fim, estas pessoas estão valentemente em luta contra a derradeira exclusão: a da sigla que as define, ainda insuficientemente vasta para abarcar toda a diversidade do alfabeto:
Parte da solução é acrescentar letras à sigla, e a bandeira dos direitos pós-pós-pós-gays tem ficado mais longa -ou frouxa, para alguns.

O Amherst College tem um Centro LGBTQQIAA, no qual cada grupo ganha sua própria letra.
“Por que só determinadas letras entram na sigla?” indagou Santiago.
Fazia tempo que eu não via um texto tão ridículo, e acho que nem nos meus mais pessimistas devaneios eu poderia imaginar uma tão grande futilidade erigida em bandeira de luta da juventude. As bobagens acima seriam certamente consideradas pelos militantes gays como caricaturas desonestas de conservadores homofóbicos, se não fossem a mais cândida e sincera auto-expressão das novas gerações de eufóricos continuadores do combate contra a natureza apregoado pelo movimento gay.

O meu temor é haver quem não perceba o quanto tudo isso é humanamente degradante; quem defenda ser saudável esta radical negação da natureza humana; quem acredite que o sexo é uma coisa tão exógena ao ser humano que é possível simplesmente optar por ambos ou por nenhum; quem ache que goza da mais perfeita sanidade mental um indivíduo cujo sonho é um pênis que pudesse colocar e retirar. Contra estes eu talvez nem saiba o que é possível dizer. Provavelmente só me levariam a abanar a cabeça, desesperançado.
Apenas um último detalhe. Os militantes gays gostam de bradar que o homossexualismo não é (mais) doença segundo a Organização Mundial da Saúde. Aqui, resta-lhes a constrangedora incumbência de explicar como é possível, então, que ele naturalmente degenere nesta caterva de patologias sexuais e comportamentais, devidamente catalogadas como distúrbios pela mesmíssima OMS que gostam de evocar em seu favor. Será que vão dizer que nisso a OMS está errada – e irão conviver com esta embaraçosa concessão seletiva de autoridade a este órgão? Ou negarão sua afinidade com estes novos revolucionários sexuais – dando assim as mãos aos “homofóbicos” para condenar esta militância dos que pretendem «superar o binômio macho/fêmea»?
Para onde conduz a ideologia gay?

O Pepel de Maria na Igreja.


Deus quis que recebêssemos tudo por Maria, diz São Bernardo.
De  fato, por Ela nos veio o Salvador e tudo o mais. Sem dúvida o papel preponderante de Maria na vida da Igreja é o de Mãe. A Igreja, como o Cristo, nasce no seu regaço: “Todos unidos pelo mesmo sentimento, entregavam-se assiduamente à oração, em companhia de algumas mulheres, entre as quais Maria, a Mãe de Jesus e de Seus irmãos”(At 1,14).
Neste quadro de Pentecostes São Lucas destaca  a pessoa de Maria, a única que é recordada com o próprio nome, além dos apóstolos.  Ela promove na Igreja nascente, a perseverança na oração e a concórdia no amor. É o papel de mulher e de Mãe.
São Lucas também faz questão de apresentar explicitamente Maria como “a mãe de Jesus” (At. 1,14), como que a dizer que algo da presença do Filho, que subiu ao céu, permanece na presença da Mãe.
Diz o nosso Papa: “Ela recorda aos discípulos o rosto de Jesus e é, com a sua presença no meio da Comunidade, o sinal da fidelidade da Igreja a Cristo Senhor.” (58 Catequeses do Papa, Ed. Cléofas)
Ela que cuidou de Jesus, passa agora a cuidar da Igreja, o Corpo Místico do Seu Filho. Desde o começo Maria exerce o seu papel de “Mãe da Igreja”.
Com essas palavras pronunciadas na Cruz: “Mulher, eis aí o teu filho” (Jo 19, 26), Jesus lhe dá função de Mãe universal dos crentes. Disse o Concílio Vaticano II que Maria é “para nós mãe na ordem da graça” (cf. LG 21), e destaca que a sua maternidade espiritual não se limita só aos discípulos, mas a toda a Igreja.
Entregando-a ao discípulo amado como mãe, Jesus quis também indicar-nos o exemplo de vida cristã a imitar. Se Cristo no-la deu aos pés da Cruz, é porque precisamos dela para a nossa salvação. Não foi à toa que Cristo nos deu a sua Mãe…
Esta missão materna e universal de Maria aparece na sua preocupação para com todos os cristãos, de todos os tempos. Sem cessar ela socorre a Igreja e os seus filhos.
Durante a sua vida terrena, foi breve o tempo para ela mostrar a sua maternidade. Mas, esta brilhou na Igreja com todo o seu valor depois da Assunção, e será exercida até o fim do mundo. O Concílio afirmou expressamente:
“Esta maternidade de Maria na economia da graça perdura sem interrupção, desde o consentimento, que fielmente deu na Anunciação e que manteve inabalável junto à cruz, até à consumação eterna de todos os eleitos” (LG, 62).
Sobre isto disse o Papa João Paulo II: “Tendo entrado no reino eterno do Pai, mais próxima do divino Filho e, portanto, de todos nós, Ela pode exercer no Espírito de maneira mais eficaz, a função de intercessão materna que lhe foi confiada pela Providência divina. Próxima de Cristo e em comunhão com Ele, (…) o Pai celeste quis à intercessão sacerdotal do Redentor unir a intercessão materna da Virgem. Trata-se de uma função que Ela exerce em benefício daqueles que estão em perigo e têm necessidade de favores temporais e, sobretudo, da salvação eterna.” (idem)
E o Concílio reafirmou isto dizendo que Maria “Cuida, com amor materno dos irmãos de seu Filho que, entre perigos e angústias, caminham ainda na terra, até chegarem à pátria bem-aventurada. Por isso, a Virgem é invocada na Igreja com os títulos de advogada, auxiliadora, socorro, medianeira”(LG, 62).
Estes títulos da fé do povo cristão, nos ajudam a compreender melhor a  intervenção da Mãe do Senhor na vida da Igreja e de cada um de nós. Foi Santo Irineu que lhe deu pela primeira vez o  título de “Advogada” . Ao falar da desobediência de Eva e da obediência de Maria, ele afirma que no momento da Anunciação “a Virgem Maria se tornou a Advogada” de Eva (Haer, 5,19, 1; PG 7, 1175 – 1176).
Os cristãos invocam Maria como “Auxiliadora”, reconhecendo-lhe o amor materno que socorre os seus filhos, sobretudo quando está em jogo a salvação eterna.
A convicção de que Maria está próxima dos que sofrem ou se encontram em  perigo, levou os fiéis a invocá-la como “Socorro”. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro!
A mesma confiante certeza é expressa pela mais antiga oração mariana, do século II, na época das perseguições romanas, com as palavras: “sob a vossa proteção recorremos a vós, Santa Mãe de Deus: não desprezeis as súplicas de nós que estamos na prova, e livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita!” (Do Breviário Romano).
Garante-nos o Papa que “como Medianeira materna, Maria apresenta a Cristo os nossos desejos, as nossas súplicas e transmite-nos os dons divinos, intercedendo continuamente em nosso favor.” (ibidem)
Sobre a Sua mediação materna o Concílio tirou qualquer dúvida:  Maria, “com a sua multiforme intercessão, continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna” (LG, 62).
Na Encíclica Redemptoris mater, o Papa recorda que “a mediação de Maria está intimamente ligada à sua maternidade e possui um caráter especificamente maternal, que a distingue da mediação das outras criaturas. Deste ponto de vista, Ela é única no seu gênero e singularmente eficaz.” (n.38)
O título “Mãe na ordem da graça” esclarece que a Virgem coopera com Cristo no renascimento espiritual da humanidade. E este é o grande papel de Maria hoje na vida da Igreja.
É sempre bom recordar que a mediação materna de Maria não é contraditória com a  única e perfeita mediação de Cristo. O Concílio, depois de ter mencionado Maria “Medianeira”, esclareceu: “Mas isto entende-se de maneira que nada tire nem acrescente à dignidade e eficácia do único Mediador, que é Cristo” (LG, 62).  “A função maternal de Maria em relação aos homens de modo algum ofusca ou diminui esta única mediação de Cristo; antes, manifesta a sua eficácia” (LG, 60).
Diz ainda o Concílio: “Com efeito, todo o influxo salvador da Virgem Santíssima sobre os homens se deve ao beneplácito divino e não a qualquer necessidade; deriva da abundância dos méritos de Cristo, funda-se na Sua mediação e dela depende inteiramente, haurindo aí toda a sua eficácia” (LG, 60).
Isto quer dizer que a mediação da Mãe da Igreja por seus filhos não é uma mediação “paralela”, nem autônoma, mas subordinada à de Cristo. Diz o Concílio: “De modo nenhum impede a união imediata dos fiéis com Cristo, antes a favorece” (ibid.).
A mediação materna de Maria é um grande dom do Pai à humanidade. Por isso o Concílio conclui dizendo: “Esta função subordinada de Maria, não hesita a Igreja em proclamá-la; sente-a constantemente e inculca-a nos fiéis…” (ibid.).
Na sua peregrinação terrena, a Igreja experimenta continuamente a eficácia da ação da “Mãe na ordem da graça”.
Ela tem um lugar especial no coração de cada filho. Não é um sentimento superficial, mas afetivo, real, consciente, vivo, arraigado, e que impele os cristãos de ontem e de hoje a recorrerem sempre a Maria, para entrarem em comunhão mais íntima com Cristo.


Significados da Semana Santa.



Domingo de Ramos

Jesus é recebido em Jerusalém como um rei, mas os mesmos que o receberam com festa o condenaram à morte. Jesus é recebido com ramos de palmeiras. Nesse dia, são comuns procissões em que os fiéis levam consigo ramos de oliveira ou palmeira, o que originou o nome da celebração. Segundo os evangelhos, Jesus foi para Jerusalém para celebrar a Páscoa Judaica com os discípulos e entrou na cidade como um rei, mas sentado num jumentinho - o símbolo da humildade - e foi aclamado pela população como o Messias, o rei de Israel. A multidão o aclamava: "Hosana ao Filho de Davi!" Isto aconteceu alguns dias antes da sua Paixão, Morte e Ressurreição. A Páscoa Cristã celebra então a Ressurreição de Jesus Cristo.

Segunda-Feira Santa
É o segundo dia da Semana Santa, cujo começo tem lugar no Domingo de Ramos, e durante a qual os cristãos comemoram a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus.
Em alguns lugares é conhecida como segunda - feira de trevas. Nesse dia realiza-se a o ofício de trevas.

Terça-Feira Santa
É o terceiro dia da Semana Santa, onde são celebradas as Sete dores de Nossa Senhora Virgem Maria. E muito comum também por ser o dia de penitência no qual os cristãos cumprem promessas de vários tipos.

Quarta-Feira Santa
É o quarto dia da Semana Santa. Em algumas igrejas celebra-se neste dia a piedosa procissão do encontro de Nosso Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores. Ainda há igrejas que neste dia celebram o Ofício das Trevas, lembrando que o mundo já está em trevas devido à proximidade da Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Quinta-Feira da Ceia
É o quinto dia da Semana Santa e na manhã deste dia, nas catedrais das dioceses, o bispo se reúne com o seu clero para celebrar a Celebração do Crisma, na qual são abençoados os óleos que serão usados na administração dos sacramentos do Batismo, Crisma e Unção dos Enfermos. Com essa celebração se encerra a Quaresma.
Neste mesmo dia, à noite, são relembrados os três gestos de Jesus durante a Última Ceia: a Instituição da Eucaristia, o exemplo do Lava-pés com a instituição do mandamento novo e a instituição do sacerdócio. É neste momento que Judas Iscariotes sai para entregar Jesus por trinta moedas de prata. E é nesta noite em que Jesus é preso, interrogado e, no amanhecer da sexta-feira, açoitado e condenado.
A igreja fica em vigília ao Santíssimo, relembrando os sofrimentos de Jesus, que tiveram início nesta noite. A igreja já se reveste de luto e tristeza, desnudando os altares (quando são retirados todos os enfeites, toalhas, flores e velas), tudo para simbolizar que Jesus já está preso e consciente do que vai acontecer. Também se cobrem todas as imagens existentes no templo.

Sexta-Feira Santa ou Sexta-Feira da Paixão
É quando a Igreja recorda a Morte do Salvador. É celebrada a Solene Ação Litúrgica, Paixão e Adoração da Cruz. A recordação da morte do Senhor consiste em quatro momentos: A Liturgia da Palavra, Oração Universal, Adoração da Cruz e Rito da Comunhão. Presidida por presbítero ou bispo, os paramentos para a celebração são de cor vermelha.

Sábado Santo ou Sábado de Aleluia
É o dia da espera. Os cristãos junto ao sepulcro de Jesus aguardam sua ressurreição. No final deste dia é celebrada a Solene Vigília Pascal, a mãe de todas as vigílias, como disse Santo Agostinho, que se inicia com a Bênção do Fogo Novo e também do Círio Pascal; proclama-se a Páscoa através do canto do Exultet e faz-se a leitura de 8 passagens da Bíblia (4 leituras e 4 salmos) percorrendo-se toda história da salvação, desde Adão até o relato dos primeiros cristãos. Entoa-se o Glória e o Aleluia, que foram omitidos durante todo o período quaresmal. Há também o batismo daqueles adultos que se prepararam durante toda a quaresma. A celebração se encerra com a Liturgia Eucarística, o ápice de todas as Missas.

Como proceder ao ser caluniado?

Por Santa Faustina Kowalska
Hoje tive um grande desgosto por causa de certa pessoa, ou seja, por causa de certa pessoa leiga. Essa pessoa, com base numa coisa verdadeira, disse muitas coisas inventadas, e como todas essas coisas foram tidas por verdadeiras e espalhadas pela casa toda, quando vieram aos meus ouvidos, senti uma dor no coração. Como se pode abusar da bondade dos outros? - Mas resolvi não dizer palavra alguma em minha defesa e demonstrar uma bondade ainda maior para com essa pessoa. Mas, para suportá-lo com tranquilidade, percebi que tinha poucas forças, pois isso se prolongava por semanas. Quando vi a tempestade a levantar-se e o vento a jogar areia diretamente nos meus olhos, fui diante do Santíssimo Sacramento e disse ao Senhor: "Jesus, peço-Vos a força da vossa graça atual, porque sinto que não vou conseguir suportar essa luta. Protegei-me com o Vosso peito". Então ouvi estas palavras: - Não temas, Eu estou contigo. Quando me afastei do altar, uma estranha força e paz inundaram a minha alma, e a tempestade que se desencadeou, batia contra a minha alma como contra um rochedo, e a espuma da tempestade caiu sobre aqueles que a provocaram. Oh! como é bom o Senhor, que paga a cada um segundo suas obras... Que toda alma peça para si a graça especial, visto que às vezes a graça habitual não é suficiente. 

+ Quando a dor tomar conta de toda a minha alma,
E o horizonte escurecer como a noite, 
E o coração for dilacerado pelos tormentos da dor, 
Jesus Crucificado, Vós sois minha força.

Quando a alma, aturdida pela dor, 
Faz todos os esforços e luta sem descanso, 
E o coração agoniza em amargo tormento, 
Jesus Crucificado, sois a esperança da minha salvação. 

E assim passa dia após dia
E a alma banha-se no amargor do mar, 
E o coração se dissolve em lágrimas:
Jesus Crucificado, Vós me iluminais como a aurora.

E quando o cálice da amargura já transborda, 
E tudo conspira contra ela, 
E a alma vive os momentos do Jardim das Oliveiras, 
Jesus Crucificado, em Vós está a minha defesa. 

Quando a alma, sentindo a sua inocência, 
Aceita as provações de Deus, 
Então o coração é capaz de pagar com o amor pelos dissabores! 
Jesus Crucificado, transformai a minha fraqueza em força.

Não é coisa fácil suportar os sofrimentos, especialmente os injustos. A natureza corrompida se revolta e, embora a vontade e a inteligência sejam superiores ao sofrimento, porque têm condições de fazer o bem àqueles que lhes causam dor, os sentimentos fazem muito ruído e, como espíritos inquietos, atacam a vontade e a inteligência. Mas logo percebem que por si só nada podem, se acalmam e se submetem à inteligência e à vontade. Como um espantalho irrompem no interior e fazem muito rumor, e é só querer ouvi-las, sempre que não estão sob o domínio da vontade e da inteligência. 

Fonte: Livro: Diário, a misericórdia Divina na minha alma - Santa M. Faustina Kowalska. 
(osegredodorosario.blogspot.com)