ROSACRUCIANISMO

Ocorre, de início, uma grande dificuldade para os que pretendem estudar o culto Rosa-cruz, porquanto várias organizações afirmam ser a única seita Rosa-cruz verdadeira.
Nos nossos dias há duas organizações que pretendem possuir a verdade, em detrimento da outra, e são: a chamada Ordem dos Rosa-cruzes (Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis) e a outra, Sociedade dos Rosa-cruzes.
Apesar de muitos historiadores rosa-cruzes situarem a origem do culto, na época dos faraós egípcios; portanto, antes de Cristo, encontram-se na Europa, em 1597 os primeiros vestígios concretos daquilo que, posteriormente, foi denominado Fraternidade Rosa-Cruz. Naquele ano, um alquimista percorreu a Europa, procurando criar uma sociedade dedicada às pesquisas alquímicas (alquimia, a química da Idade Média e da Renascença, que procurava, sobretudo, descobrir a pedra filosofal e o elixir da longa vida). Sabe-se muito pouco sobre este homem, mas a ele é atribuída a autoria de um livro com a primeira constituição Rosa-cruz.
Em 1614, foi publicado um outro livro, intitulado “A Reforma Geral do Mundo”. Esta obra incluía a história da ordem.
Histórico
Segundo o livro “A Reforma Geral do Mundo”, Christian Rosenkreuz foi enviado a um mosteiro para aprender o grego e o latin. Aos 16 anos, um monge o levou a uma peregrinação à Terra Santa. Com a morte do tal monge, Rosenkreuz viajou para a Arábia e para o Egito, onde estudou com os sacerdotes, e retornou para a Alemanha com a intenção de utilizar os conhecimentos adquiridos na fundação da ordem.
Na Alemanha, Rosenkreuz, lentamente, conseguiu reunir alguns discípulos. Segundo consta, Cristhian Rosenkreuz morreu com a idade de 150 anos, não porque tinha que morrer, mas porque quis, afirmaram na época.
Em 1604, seus discípulos abriram a sepultura e encontraram no interior inscrições estranhas e um manuscrito de letras douradas. Assim, com o passar dos anos, a organização se tornou cada vez mais secreta. Diziam-se possuidores do dom da invisibilidade e, também, invocavam espíritos. Tinham habilidade para encontrar pedras preciosas. A finalidade principal e oficial da ordem era redescobrir os segredos da ciência, sobretudo da medicina.
Passados cem anos da fundação, consta que a ordem dos rosa-cruzes sofreu diversas perseguições por parte dos maçons, o que contribuiu para a introdução, na ordem, de muitos usos e costumes maçons.
Atualmente, são cerca de cem os templos rosa-cruzes no mundo inteiro. Nos EUA, o movimento possui dois ramos. O maior e mais poderoso é a Ordem dos Rosa-cruzes (Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis – AMORC), cuja sede, o Templo Supremo da América do Norte e Sul, está localizada no Parque Rosa-Cruz, em São José, na Califórnia. Suas revistas, Rosicrucian Digest e Rosicrucian Forun, têm tiragens de mais de dois milhões de exemplares, e os temas são, insistentemente, sobre a fraternidade universal. Contando com mais de cinqüenta mil membros, opõe-se firmemente à outra seita norte-americana, a Sociedade Rosa-Cruz, a qual considera um movimento dissidente.
 A Sociedade Rosa-Cruz
Foi fundada por Max Heidel, que, desde jovem, já se dedicava ao estudo do ocultismo. Diz-se que, durante um transe místico, recebeu direção de um mestre anônimo para escrever suas opiniões sobre os ensinamentos de Rudolp Steiner, grande estudioso da história e dos princípios rosa-cruzes, e que, também, havia sido seu professor na Europa.
O fundador diz ter recebido, mediante práticas psico-espíritas, não só princípios, como, também, as doutrinas contidas nas suas obras. No início do século, em 1911, Heindel, a partir de uma pequena gráfica no sul da Califórnia, publicou uma série de livros e opiniões suas sobre o movimento Rosa-cruz. Após sua morte, sua viúva deu prosseguimento à sua obra, enviando publicações para todas as partes do mundo.
Na opinião dos estudiosos no assunto, o movimento Rosa-cruz é um dos que mais cresce no mundo, isso devido às diversas publicações, bem como às propagandas, chegando a ser considerado uma força poderosa no mundo atual. Os principais movimentos da ordem somam, em conjunto, mais de cem mil adeptos.
Na Alemanha, a Fraternidade Germânica dos Rosa-cruzes afirma ser a única e autêntica fraternidade Rosa-cruz, e não reconhece as obras de Max Heindel.
A AMORC
A AMORC, como todas as demais ramificações rosa-cruzes, afirma ser a continuação de uma sociedade que teria seu nascimento em uma escola de mistério, de sabedoria secreta, no Antigo Egito, durante a XVIII Dinastia, ou no reinado do Faraó Amenhotep IV, cerca de 1350 anos a.C..
Segundo essa organização, Francis Bacon é reconhecido como sendo o autor de folhetos sobre a Fama Fraternitaris Rosae Crucis, em 1610, e o Confessio Rosae Crucis Fraternitaris, em 1615, as primeiras publicações rosa-cruzes a aparecerem com a propagação da imprensa.
A finalidade dessa instituição, de acordo com as próprias publicações, pode ser entendida na observação dos seguintes aspectos:
-          Descobrir os mistérios do ser
-          A dualidade do EU
-          Conhecimento intuitivo
-          Conhecimento das leis da natureza
-          Conhecimento além dos cinco sentidos
-          Consciência cósmica
-          Uma existência mais plena
Então, despertada a curiosidade no neófito, que é arrebanhado a partir das publicações e propagandas enviadas por correspondência, ele vai, na sua maioria, se embrenhando no caminho do misticismo e de experiências, ditas miraculosas.
A Doutrina Rosacruciana e a Bíblia
Os rosa-cruzes perdem-se em especulações filosóficas, atrapalham-se em estudos metafísicos e enrolam-se em assuntos de ordem religiosa. O que asseveram sobre assuntos como a cruz, os mundos, a evolução do homem, a evolução universal e tantos outros, foge completamente às verdades enunciadas na Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus. São, na verdade, uma grande empresa, muito bem montada, e amparada por grande propaganda, com o intuito de vender livros e cursos, além de manter um quadro enorme de “associados” que contribuem mensalmente com a ordem.
Basta que demos uma pequena analisada nas suas doutrinas, para que possamos constatar quão falsos são os seus ensinamentos, à luz da Palavra de Deus.
Jesus – Foi um espírito pertencente à evolução humana, como também o foi Gautama Budha. O espírito de Cristo, que entrou no corpo de Jesus, era um raio do Cristo cósmico. Jesus teve várias encarnações.
Jesus Cristo é o Filho do Deus vivo

Mt 16.13-17 - “Indo Jesus para os lados de Cesaréia de Filipe, perguntou a seus discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem? E eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou alguns dos profetas. Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou? Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus”.

Jesus não teve várias encarnações

Hb 9.24-28 - “Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus; nem, ainda, para se oferecer a si mesmo, muitas vezes, como o sumo sacerdote, cada ano, entra no Santo dos santos com sangue alheio. Ora, nesse caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou, uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado. E, assim, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, assim, também, Cristo, tendo-se oferecido, uma vez para sempre, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação”.

A Trindade – O Pai é o Iniciado mais elevado entre a humanidade do Período Saturnino. A humanidade comum desse período, são agora, os senhores das mentes.

O Filho (Cristo) é o Iniciado mais elevado do Período Solar. A humanidade comum desse período, são agora, os arcanjos.

O Espírito Santo (Jeová) é o Iniciado mais elevado do Período Lunar. A humanidade comum desse período, são agora, os anjos.

A Bíblia não fala em “PERÍODOS”, nem em senhores das mentes. A Bíblia fala de um Criador e de suas criaturas, de um Deus em três pessoas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Mt 3.16-17 - “Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus, descendo como pomba, vindo sobre ele. E, eis, uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”.

Quanto aos anjos, a Bíblia diz:

ICo 6.3 - “Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos? Quanto mais, as coisas desta vida!”.

àAssim, como a humanidade pode se transformar em anjos, se nós é que vamos julgar os anjos?

A Divindade do Homem – Há progresso infindo, pois somos divinos como nosso Pai no céu, e não pode haver limitações.

Refutamos com:

Jó 9.2 - “Na verdade, sei que assim é; porque, como pode o homem ser justo para com Deus?”.

Mt 19.26 - “Jesus, fitando neles o olhar, disse-lhes: Isto é impossível aos homens, mas para Deus tudo é possível”.

At 5.38-39 -“Agora, vos digo: dai de mão a estes homens, deixai-os; porque, se este conselho ou esta obra vem de homens, perecerá; mas, se é de Deus, não podereis destruí-los, para que não sejais, porventura, achados, lutando contra Deus. E concordaram com ele”.

Jo 2.24-25 - “...mas o próprio Jesus não se confiava a eles, porque os conhecia a todos. E não precisava de que alguém lhe desse testemunho a respeito do homem, porque ele mesmo sabia o que era a natureza humana”.

 Panteismo – Doutrina segundo a qual só o mundo é real, sendo Deus a soma de tudo quanto existe.

ITm 1.17 - “Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos, Amém!”.

A Criação – No princípio de um dia de Manifestação, um certo Grande Ser (só no mundo ocidental chamado Deus) limita-se a uma determinada porção do espaço, na qual Ele resolve criar um Sistema Solar para a evolução da consciência adicional dos sentidos. Tudo começa com a Substância Radical Cósmica, que é uma expressão do pólo negativo do Espírito Universal, enquanto o Grande Ser Criador, que nós chamamos Deus (do qual nós, no caráter de espíritos, fazemos parte) é uma expressão da energia positiva do mesmo Espírito Absoluto Universal. Da operação de um sobre o outro, resultou tudo o que vemos ao redor de nós.

Ora, há sete mundos, não separados por espaço ou distância (como acontece com a Terra, em relação aos outros planetas) e, sim, pela velocidade oscilação ...mas, cada mundo, assim como o homem, passa por sete Períodos de renascimento. Os nomes dos sete Períodos são os seguintes:

1 – Período de Saturno;

2 – Período Solar;

3 – Período Lunar;

4 – Período Terrestre;

5 – Período de Júpiter;

6 – Período de Vênus;

7 – Período de Vulcano;

Esse nomes nada têm a ver com os nossos planetas; são apenas os nomes rosacrucianos dos sucessivos renascimentos de nossa terra.

Os períodos de renascimento são o acesso à divindade. Quando tiver passado por estes períodos, o homem será igual a Deus, pois “adquiriu força de alma e mente criadora, como resultado de sua peregrinação através da matéria”. Avançou da impotência para a Onipotência, da nescidade para a Onisciência.

Os rosa-cruzes dizem não ser o rosacrucianismo uma religião, mas seus ensinamentos provam o contrário. Suas doutrinas chocam-se com a Bíblia Sagrada. Crêem e pregam a evolução dos espíritos, como no espiritismo. Almejam, por fim, serem Deus. Nós conhecemos, muito bem, a história de um anjo, que teve a mesma intenção.

Ez 28.13-17 - "Estavas no Éden, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: o sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o ônix. O jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda; de ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste criado, foram eles preparados. Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti. Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim da guarda, em meio ao brilho das pedras. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; lancei-te por terra, diante dos reis te pus, para que te comtemplem”.

Is 14.13-15 - “Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. Contudo, serás precipitado para o reino dos mortos, no mais profundo do abismo”.

 Conclusão

 Estamos a cada estudo, desmascarando, com a Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, a espada do Espírito, as seitas e religiões falsas com as suas heresias.

Os rosa-cruzes perdem-se em especulações filosóficas, atrapalham-se em estudos metafísicos e enrolam-se em assuntos de ordem religiosa. O que asseveram sobre assuntos como a cruz, os mundos, a evolução do homem, a evolução universal e tantos outros, foge completamente às verdades enunciadas na Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus.

SEITA ORIENTAL - PERFECT LIBERTY

A Perfect Liberty (PL) é uma seita japonesa que tem como tema central de sua doutrina o princípio “VIDA É ARTE”.
Afirmam que, se alguém viver de acordo com os princípios ensinados pelos patriarcas da PL, que dizem ter sido recebidos por “iluminação”, uma imitação flagrante do Budismo, poderão viver a liberdade verdadeira, para progredir, desenvolver-se e alcançarem a felicidade, a perfeita liberdade.
Através de preces, juras, conselhos, promessas, trabalho em prol da seita e contribuição financeira, prometem ao adepto que este receberá graças maravilhosas.
 
Histórico
Tokuharu Miki, afirmam os seguidores da Perfect Liberty, foi o fundador da seita. Nascido em Matsuyama, província de Ehime, Japão, desde os oito anos de idade, fez-se monge budista da seita Zen. Miki fez várias tentativas de fundar, organizar uma seita. Aos 41 anos, Miki conheceu um homem, a quem chamavam “Mestre Kanada”. Este dizia ter recebido de Deus ensinamentos profundos que, segundo ele, poderiam abalar o mundo.
Miki ingressou na tal seita e, após cinco anos, já era um mestre. Kanada, por ocasião de sua morte, nomeou Miki seu sucessor, e a este transmitiu os 18 preceitos que iriam, mais tarde, constituir as bases da PL.
Após anos de meditação, Miki afirmou ter, também, recebido outros preceitos, três ao todo, da parte de Deus, que, com aqueles 18 iniciais, viriam a formar os 21 preceitos sagrados da seita que ele sempre teve desejo de fundar.
Miki, enfim, fundou a sua seita, a ordem HitoDNo-Michi (O Caminho da Humanidade), que alcançou um crescimento espantoso, atingindo, em 10 anos, a marca de 1 milhão de adeptos. O governo japonês, contudo, condenou a doutrina, perseguiu as comunidades, havendo dissensões e desentendimentos, o que ocasionou o fim da seita. Dois anos depois, em 1938, Miki morreria.
Em 1946, Toruchira Miki, filho de Tokuharu, resolveu ressuscitar a seita de seu pai na cidade de Tossu, em Saga, no Japão. Ajuntou, aos 21 preceitos sagrados, um sem número de dogmas, juramentos e cerimônias, dando forma à nova seita, a PL como conhecemos hoje. Toruchira Miki tem o cognome deOSHIEOYbDSMb, que significa “o pai dos ensinamentos”; é o atual patriarca da PL.
A sede principal da PL está situada em Tondabayashi, próxima a Osaka, no Japão. No Brasil, afirmam haver mais de 300 mil adeptos distribuídos pelas mais de 120 sedes. E no mundo, estima-se que haja cerca de 3,5 milhões de seguidores.
 
Palavras Mágicas
A PL tem algumas palavras mágicas que são utilizadas, e são:
Shikiri – É o ato de prometer alguma coisa a Deus. Por ser uma coisa séria, deve ser feita somente por quem vai cumprir.
Prece de Oyashikiri – Afirmam que, pela simples pronúncia das cinco sílabas desta palavra, pode-se receber a força e todas as graças emitidas pelo Shikiri do Patriarca. Para se fazer esta prece é necessário dar-se uma oferta em dinheiro, além de jurar, por toda a vida, seguir a PL. Só assim . . .
Mishirassê – Problemas, doenças, insucessos, acidentes, infortúnios e coisas assim.
Mioshiê – É sempre usado em relação às doenças. É a orientação sagrada dada pelos líderes da PL, e é sempre seguida de juramentos.
Kaisetsu – Orientação individual sobre problemas particulares.
Missassaguê – Sentimento que leva o homem a trabalhar ativamente, principalmente na PL, como: limpar a sede, conseguir adeptos, contribuir financeiramente, etc. Alcançam muitas graças os que praticam o Missassaguê.
Aramitama e Omitama – São juramentos sagrados feitos pelos peelistas. Pela manhã, são obrigados a jurar as suas decisões do dia.
Rensei – Estudos das doutrinas da PL que são ministrados pelos mestres ou auxiliares, em suas sedes ou locais especiais de encontros.
Kyosso-Sai – Festejos com fogos, por ocasião do aniversário da morte de Tokuharu Miki.
 
Como pudemos constatar, é dada uma grande ênfase ao juramento. Todavia, Jesus nos ensinou que não devemos jurar de modo algum; a nossa palavra deve ser: sim, sim; não, não, pois, o que passar disso, vem do maligno. (Mt 5.34-37).
 
Os 21 Preceitos
A PL tem por base fazer com que o homem alcance a perfeição; isso através do esforço humano. É uma religião humana que despreza a salvação como dom de Deus. Seus 21 preceitos são:
1) Vida é arte – A PL prega a vida física como sendo o centro das atenções da pessoa. Jesus ensinou diferente.
Mt 16.24-26 - “Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa, achá-la-á. Pois, que aproveitará o homem, se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou, que dará o homem, em troca da sua alma?”.
2) A vida do homem é a sua auto-expressão – O apóstolo Paulo não ensinou desta forma.
Fp 1.21 - “Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro”.
3) O eu real é a expressão de Deus – Crêem que o homem é parte da divindade.
Hb 1.2-3 - “... nesses últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual, também, fez o universo. Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas, ...”.
4) Sofre, quem não expressa o que sente – Todos nós sofremos. O apóstolo Paulo, contudo, comparou o sofrimento atual do cristão com aquela glória que há de ser revelada.
Rm 8.18 - “Porque, para mim, tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não são para comparar com a glória por vir a ser revelada em nós”.
A glória futura é muito superior.
5) O homem se perde, quando dominado por sentimentos emotivos – Há muito de verdade nesta afirmativa, mas nada de divino ou sobrenatural.
6) A personalidade real está na ausência do ego – Este pensamento estaria completo se acrescentássemos a expressão “E na presença de Cristo”.
7) Tudo co-existe na mútua relatividade – Nem tudo. Não pode haver relatividade mútua entre a luz e as trevas; Cristo e Satanás; Igreja e o mundo . . .
8) Viva radiante como o sol – Como mensagem de otimismo é muito boa; mas a única maneira de brilharmos neste mundo, sermos luz em meio a tanta treva, só tendo Jesus Cristo, pois Ele é o Sol da nossa Justiça. Só os justos podem viver assim.
Ml 4.2 - “Mas, para vós outros que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas; saireis e saltareis como bezerros soltos da estrebaria”.
Pv 4.18 - “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando, mais e mais, até ser dia perfeito”.
9) Todos são iguais – Deus, na sua Palavra, não faz acepção de pessoas. Contudo, a Bíblia fala de ovelhas e bodes; benditos e malditos; justos e perversos; salvos e condenados. Como pecador, todo homem é igual, mas o que confessou e recebeu Jesus Cristo passou a ser filho de Deus.
Jo 1.12-13 - “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a saber: aos que crêem no seu nome”;
Rm 10.9-10 - “Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres, que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa a respeito da salvação”.
10) Beneficie a si e aos outros – O apóstolo Paulo ensinou de uma maneira diferente.
ICo 10.24 - “Ninguém busque o seu próprio interesse; e, sim, o de outrem”.
11) Baseie tudo em Deus – Mas, em que Deus? no deus dos peelistas, impessoal, desinteressado e alheio? Nesse, claro que não! O cristão deve fazer tudo, como para o Senhor Jesus.
Cl 3.23-24 - “Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor, e não para homens; cientes de que recebereis do Senhor, a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo”;
12) Para cada denominação, há uma função – Em outras palavras: Tudo vem de Deus; logo, tudo é divino. É, mas nem tudo convém!
ICo 6.12 - “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas. Mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas”.
13) Há um procedimento para o homem e um para a mulher – Se é em relação à vida espiritual, está errado, pois a salvação dá-se da mesma forma, através de Jesus. Se não o é, contradiz-se com o preceito 9, onde diz que todos são iguais.
14) Tudo pela paz mundial – Paz, sem Cristo, não existe. O Senhor fez distinção entre a Sua paz e a do mundo.
Jo 14.27 - “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”.
15) Tudo reflete os fatos como um espelho – Dizem que tudo é reflexo de outra coisa. Onde está a essência? Dizem que é Deus, voltando ao deísmo – preceito 3 – onde esclarecem que Deus é tudo em todos.
16) Tudo progride e evolui – É a famosa teoria espírita da evolução, tão refutada pelos ensinos das Escrituras Sagradas.
Hb 9.27 - “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo”.
Ap 20.12 - “Vi, também, os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então se abriram livros. Ainda outro livro, o livro da vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros”.
17) Focalize o ponto central – Também há verdade nesta afirmativa; contudo, sem um discernimento espiritual do que é verdadeiramente central, como focalizá-lo?
18) Saiba que está, sempre, entre o bem e o mal – Este preceito é mais antigo que as civilizações, pois o homem, desde a criação, vem sendo exortado por Deus a optar pelo caminho do bem, e segui-lo.
19) Faça, ao perceber a necessidade – Este é, na essência, um ensinamento bíblico.
Pv 3.27-28 -“Não te furtes a fazer o bem a quem de direito, estando na tua mão o poder de fazê-lo. Não digas ao teu próximo: Vai, e volta amanhã, então to darei, se o tens agora contigo”.
20) Viva em equilíbrio espiritual e material – A Bíblia ensina de uma maneira diversa deste preceito.
Mt 6.25-33 - “Por isso, vos digo: Não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que as vestes? Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós, muito mais do que as aves? Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida? E por que andais ansiosos, quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste, assim, a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé? Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas: pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia, o seu próprio mal”.
21) Viva a verdadeira Perfeita liberdade – A verdadeira liberdade, para os peelistas, é a escravidão aos preceitos da PL, jurada e prometida por seus fiéis. Mas a única maneira de se alcançar a liberdade, a verdadeira liberdade, é através de Jesus, do Seu Espírito, porque “... onde está o Espírito do Senhor,aí há liberdade”.
IICo 3.17 - “Ora, o Senhor é o Espírito; e , onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade”.
Jo 8.36 - “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”.
Gl 5.1 - “Para liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão”.
 
Com suas juras, posições marciais para determinados tipos de preces; imposições enganosas para recolherem dinheiro dos adeptos e abundantes promessas de “graças maravilhosas”, “vida agraciada por Deus”, “paz universal”, “força e fé” e coisas semelhantes, a Perfect Liberty vive iludindo os incautos e ensinando uma fé diferente daquela encontrada na Bíblia e vivida pelos seguidores de Jesus Cristo.
Mt 15.9 à “E, em vão, me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens”.
 
Conclusão
Verificamos que as propostas do Perfect Liberty encontram-se muito distantes da mensagem do Evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Não se fala de Jesus, no poder do Seu Sangue, no Espírito Santo. A pessoa do homem é ressaltada mais uma vez. Mas Jesus disse:
Jo 15.5 - “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque, sem mim, nada podeis fazer”.

 

A OBRA DA RESTAURAÇÃO

Enquanto a Congregação Cristã do Brasil está concentrada em São Paulo, a Obra da Restauração concentra-se principalmente no Rio de Janeiro, onde o movimento foi fundado por um pastor que era batista, o qual afirmam ter-se suicidado.
O Pastor Magno Guanais Simões, da Igreja Batista de Monte Carmelo, em 18 de dezembro de 1961, enviou uma circular às Igrejas Batistas do Brasil, relatando o ocorrido em um retiro espiritual, realizado por sua Igreja, quando a uma irmã, supostamente, o Espírito Santo concedera o dom de profecia.
Assim, baseado nessas profecias, o Pastor Magno começou a ensinar que era chegado o “tempo da restauração de todas as coisas” de Atos dos Apóstolos, 3.19-21.
At 3.19-21 - “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados, a fim de que, da presença do Senhor, venham tempos de refrigério, e que envie ele o Cristo, que já vos foi designado, Jesus, ao qual é necessário que o céu receba até aos tempos da restauração de todas as coisas, de que Deus falou por boca dos seus santos profetas, desde a antiguidade”.
Ele dizia que Deus havia decretado o fim de todas as denominações, pois elas eram responsáveis pela apostasia doutrinária da Igreja de Cristo, abandonando alguns pontos doutrinários do Novo Testamento, que seriam agora colocados nos seus devidos lugares.
A “Obra” começou com o nome de “O Santo Concerto do Senhor”, mas, aos poucos, seus adeptos passaram a afirmar que ela não tinha nome, o que não impediu que passasse a ser chamada por “Obra da Restauração”.
Essa profetisa trouxe várias profecias que foram consideradas como decretos divinos, inclusive dando títulos e posições aos membros mais influentes do movimento.
Depois, com o escândalo que envolveu o Pastor Magno e a profetisa, em um caso de adultério, começaram as divisões no movimento, sendo que alguns pastores que faziam parte da liderança, ou se afastaram, ou foram excluídos da Igreja. E a criança que iria nascer do caso amoroso, diziam ser o ISAQUE, figura representativa de Cristo.
O movimento passou por muitas divisões, principalmente com a notícia do suicídio do Pastor Magno, fato duvidoso, pois o atestado do óbito dele estava com o nome do médico ilegível.
 
Doutrinas
Vamos, então, analisar algumas das doutrinas da Obra da Restauração, à luz da Bíblia Sagrada:
 
Os Tempos da Restauração
Afirmam que esse tempo já é chegado e que eles são os precursores (At 3.19-21).
Mt 19.28 - “Jesus lhes respondeu: Em verdade vos digo que vós, os que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do Homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis em doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel”.
IIPe 3.13 - “Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça”.
Ap 21.1-5 - “Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi, também, a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras”.
... e outros referem-se à restauração universal, que se dará a partir da segunda vinda de Cristo. São figuras de outro mundo, do porvir; isto é, do Céu, da Pátria Celestial e do novo céu e nova terra.
Mt 12.32 - “Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á isso perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo, nem no porvir”.
 
A Queda das Denominações
O que eles fizeram foi criar mais uma denominação, contudo afirmam que Deus derrubou todas as denominações através de um decreto.
Vejamos a seqüência do decreto, segundo os restauracionistas:
 
18/12/1961
A Igreja em Bonsucesso aprovou a circular anunciando a Restauração da Igreja Geral Militante.
06/08/1962
A boca do Senhor deu o primeiro toque sobre as denominações de então, dizendo: ... a Minha Igreja é uma só, não olheis para as denominações.
14/10/1962
A boca do Senhor deu o segundo toque, dizendo: ...não é denominação que vale. Registra agora: É o sangue do meu Filho que vale.
21/10/1962
O Senhor falou à Igreja sobre a obra e disse: É restauração!
24/11/1962
A boca do Senhor deu o terceiro toque, dizendo: Eis que as denominações jazem em trevas. Eis que derribarei uma por uma.
31/03/1963
Deus decretou, em profecia de glória e luz, a queda das Denominações.
11/07/1963 e
30/07/1963
Foram entregues ao Presidente da Aliança Batista Mundial e ao Secretário Geral da Confederação Evangélica do Brasil, respectivamente, o “Documento Universal da Queda das Denominações Evangélicas”.
 
Até agora, este decreto ainda não se cumpriu. Aí estão as denominações; e, agora, mais uma, a que eles criaram: A Obra da Restauração.
 
O Batismo
Para esta seita, o batismo só tem validade quando realizado em um RIO. Onde a Bíblia diz que o batismo tem que ser realizado em um rio ou em água corrente? A Bíblia fala em muitas águas, porque é necessária a imersão do batizando, pois este é o significado da palavra batismo.
Jesus, de fato, foi batizado em um rio, todavia, em muitos relatos de batismos, não se diz onde ocorreram, em que águas se deram.
O batismo do eunuco não permite concluirmos que tenha sido em um rio.
At 8.36-38 - “Seguindo eles caminho fora, chegando a certo lugar onde havia água, disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que seja eu batizado? [Filipe respondeu: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo, ele disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.] Então, mandou parar o carro, ambos desceram à água, e Filipe batizou o eunuco”.
Como a família do carcereiro poderia ter sido batizada no rio de Filipos (At 16.13), de madrugada (At 16.25-33), se as portas da cidade eram fechadas cada noite, pois o rio era fora da cidade? (At 16.13) Como Paulo poderia tê-los levado ao rio, se ele (Paulo) não se ausentou da cidade? (At 16.28,35-40).
At 16.13,25-33,35-40 - “No sábado, saímos da cidade para junto do rio, onde nos pareceu haver um lugar de oração; e, assentando-nos, falamos às mulheres que para ali tinham concorrido”. “Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam. De repente, sobreveio tamanho terremoto, que sacudiu os alicerces da prisão; abriram-se todas as portas, e soltaram-se as cadeias de todos. O carcereiro despertou do sono e, vendo abertas as portas do cárcere, puxando da espada, ia suicidar-se, supondo que os presos tivessem fugido. Mas Paulo bradou em alta voz: Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos! Então, o carcereiro, tendo pedido uma luz, entrou precipitadamente e, trêmulo, prostrou-se diante de Paulo e Silas. Depois, trazendo-os para fora, disse: Senhores, que devo fazer para que seja salvo? Responderam-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa. E lhe pregaram a palavra de Deus e a todos os de sua casa. Naquela mesma hora da noite, cuidando deles, lavou-lhes os vergões dos açoites. A seguir, foi ele batizado, e todos os seus.” “Quando amanheceu, os pretores enviaram oficiais de justiça, com a seguinte ordem: Põe aqueles homens em liberdade. Então, o carcereiro comunicou a Paulo estas palavras: Os pretores ordenaram que fôsseis postos em liberdade. Agora, pois, saí e ide em paz. Paulo, porém, lhes replicou: Sem ter havido processo formal contra nós, nos açoitaram publicamente e nos recolheram ao cárcere, sendo nós cidadãos romanos; querem agora, às ocultas, lançar-nos fora? Não será assim; pelo contrário, venham eles e, pessoalmente, nos ponham em liberdade. Os oficiais de justiça comunicaram isso aos pretores; e estes ficaram possuídos de temor, quando souberam que se tratava de cidadãos romanos. Então, foram ter com eles e lhes pediram desculpas; e, relaxando-lhes a prisão, rogaram que se retirassem da cidade. Tendo-se retirado do cárcere, dirigiram-se para a casa de Lídia e, vendo os irmãos, os confortaram. Então, partiram”.
Onde foram batizados, no dia de Pentecoste, três mil crentes, em Jerusalém? Não havia rio na cidade, mas, sim, piscinas públicas. Nem se existissem trens naquela época, seria possível transportar tanta gente até o rio mais próximo, tão rapidamente!
Jesus não disse: “Quem crer e for batizado em um rio será salvo”. Não! O apóstolo Paulo, também, nunca ensinou que o batismo precisaria ser realizado em um rio.
Não existe poder nas águas dos rios sobre a face da terra para purificar uma pessoa dos seus pecados. A pessoa, para ser batizada, precisa, sim, ser mergulhada; e pode ser numa piscina, num tanque, numa caixa d’água, onde houver água suficiente para a pessoa ser mergulhada, imergir; até mesmo num rio, mas nunca só e unicamente em rio. A Palavra não ensina isso.
 
O Ósculo
Esta seita afirma que o Senhor restabeleceu na Igreja a saudação com o ósculo santo, através de profecia de 21 de outubro de 1963. “O Senhor nos revelou que o ósculo na mão é a saudação bíblica”, afirmam os restauracionistas. Baseiam-se em algumas passagens, onde Paulo fala sobre o ósculo santo:
Rm 16.16 - “Saudai-vos, uns aos outros, com ósculo santo. Todas as igrejas de Cristo vos saúdam”.
ICo 16.20 - “Todos os irmãos vos saúdam. Saudai-vos, uns aos outros, com ósculo santo”.
ITs 5.26 - “Saudai todos os irmãos com ósculo santo”.
IPe 5.14 - “Saudai-vos, uns aos outros, com ósculo de amor”.
Também fala do ósculo de amor.
Ora, o ósculo era um modo de saudação usado no Oriente, desde os tempos dos patriarcas; Paulo não inventou ou criou este tipo de saudação. A única coisa que Paulo desejava é que o ósculo deveria ser santo, sem hipocrisia, sem falsidade, como o dado por Judas.
Lc 22.48 - “Jesus, porém, lhe disse: Judas, com um beijo trais o Filho do Homem?”.
É para este tipo de beijo que Paulo alertava. Ele desejava que o ósculo fosse santo. Ademais, Paulo nunca determinou o local em que o beijo deveria ser dado. Já os da Obra da Restauração só se cumprimentam, só se saúdam, com o ósculo dado na mão. A única referência que fala de onde o beijo foi dado é a que diz:
Lc 7.38 - “... e, estando por detrás, aos seus pés, chorando, regava com suas lágrimas e os enxugava com os próprios cabelos; e beijava-lhe os pés e os ungia com o ungüento”.
Por que, então, não beijam os pés, uns aos outros?
 
O Lava-Pés
Afirmam os restauracionistas que “Em 06 de Junho de 1964, o Senhor decretou a ordenança do lava-pés na Igreja, como está na Bíblia, em reunião com a Igreja do Arpoador”, Citam:
Jo 13.3-5 -“... sabendo este que o Pai tudo confiara às suas mãos, e que ele viera de Deus, e voltava para Deus, levantou-se da ceia, tirou a vestimenta de cima e, tomando uma toalha, cingiu-se com ela”.
ITm 5.9-10 - “Não seja inscrita senão viúva que conte, ao menos, sessenta anos de idade, tenha sido esposa de um só marido, seja recomendada pelo testemunho de boas obras, tenha criado filhos, exercitado hospitalidade, lavado os pés aos santos, socorrido a atribulados, se viveu na prática zelosa de toda boa obra”.
O lavar os pés era um gesto de hospitalidade entre os orientais. Era muito comum, principalmente entre os judeus; e as famílias mais ricas possuíam até escravo para realizar esta tarefa. A narrativa de “ITm 5.9-10” fala exatamente disso, e não de uma cerimônia religiosa. Certa vez, o próprio Jesus argumentou que fora recebido na casa de um fariseu, mas que não recebera da parte deste, este tipo de hospitalidade; e até comparou o que ele, fariseu, deixou de fazer, com aquilo que a mulher pecadora fizera.
Lc 7.44 - “E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; esta, porém, regou os meus pés com lágrimas e os enxugou com os seus cabelos”.
O apóstolo Paulo, quando doutrinava a Igreja de Corinto, acerca da Ceia do Senhor, não fez qualquer referência ao lava-pés. Paulo não entendeu que o lava-pés, realizado por Jesus, na noite da última ceia, era para ser repetido pela Igreja. Na verdade, havia, sim, um espírito de divisão entre os discípulos de Jesus. Havia uma concorrência para se saber qual deles era o maior.
Lc 9.46 - “Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta, com bálsamo, ungiu os meus pés”.
Havia entre os discípulos, aqueles que queriam se assentar à direita de Jesus, ou à esquerda do Mestre, que desejavam uma posição de destaque.
Assim, a fim de conscientizar aos seus discípulos do verdadeiro espírito que deve existir no cristão, Jesus deu o exemplo. Ele, sendo o Mestre, o Filho de Deus.
Fp 2.7-8 - “... antes, a sai mesmo si esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz”.
Mt 23.12 - “Quem, a si mesmo, se exaltar será humilhado; e quem, a si mesmo, se humilhar será exaltado”.
Jesus não queria que a cerimônia, em si, fosse repetida até a sua volta, como Ele fez em relação à Ceia, mas que cada qual compreendesse que estava sendo chamado para o serviço.
Mc 10.45 - “Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos”.
 A Ceia
A Obra da Restauração não admite o uso do fermento no pão da Ceia. Dizem: “Desde a instituição da primeira páscoa, Deus proibiu o fermento neste ato glorioso. O fermento é símbolo do pecado”; e baseiam-se em:
Ex 12.15 -“Sete dias comereis pães asmos. Logo ao primeiro dia, tirareis o fermento das vossas casas, pois qualquer que comer coisa levedada, desde o primeiro dia, até ao sétimo dia, essa pessoa será eliminada de Israel”.
Lc 12.1 - “Posto que miríades de pessoas se aglomeraram, a ponto de, uns aos outros, se atropelarem, passou Jesus a dizer, antes de tudo, aos seus discípulos: Acautelai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia”.
Mt 26.17 - “No primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, vieram os discípulos a Jesus e lhe perguntaram: Onde queres que te façamos os preparativos para comeres a Páscoa?”.
ICo 11.23-24 - “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim”.
O pão asmo que os judeus comiam na festa da páscoa lembrava a pressa com que deixaram aquele país, o Egito.
Ex 11.1 - “Disse o Senhor a Moisés: Ainda mais uma praga trarei sobre Faraó e sobre o Egito. Então, vos deixará ir daqui; quando vos deixar, é certo que vos expulsará totalmente”.
Ex 12.8,11,32-34 - “... naquela noite, comerão a carne assada no fogo; com pães asmos e ervas amargas, a comerão”. “Desta maneira o comereis: Lombos cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão; comê-lo-eis à pressa; é a Páscoa do Senhor”. “Levai, também, convosco, vossas ovelhas e vosso gado, como tendes dito; ide-vos embora e abençoai-me, também, a mim. Os egípcios apertavam com o povo, apressando-se em lançá-los fora da terra, pois diziam: Todos morreremos. O povo tomou a sua massa, antes que levedasse, e as suas amassadeiras, atadas em trouxas com seus vestidos, sobre os ombros”.
Dt 16.3 - “Nela, não comerás levedado; sete dias, nela, comerás pães asmos, pão de aflição (porquanto, apressadamente, saíste da terra do Egito), para que te lembres, todos os dias da tua vida, do dia em que saíste da terra do Egito”.
Na festa de Pentecoste, por exemplo, os judeus ofereciam pão levedado ao Senhor.
 Lv 23.15-17 - “Contareis para vós outros, desde o dia imediato ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida; sete semanas inteiras serão. Até ao dia imediato ao sétimo sábado, contareis cinqüenta dias; então, trareis nova oferta de manjares ao Senhor. Das vossas moradas, trareis dois pães para serem movidos; de duas dízimas de um efa de farinha serão; levedados se cozerão; são primícias ao Senhor”.
O pão da última ceia foi sem fermento, porque, justo naqueles dias, se estava comemorando a festa dos Pães Asmos. Pergunto:
1)    Se os restauracionistas querem seguir a Bíblia, ao pé da letra, por que então, também, não comem ervas amargas?
Ex 12.8 - “... naquela noite, comerão a carne assada no fogo; com pães asmos e ervas amargas, a comerão”.
2)    E por que não sacrificam, também, o cordeiro?
Ex 12.21 - “Chamou, pois, Moisés todos os anciãos de Israel e lhes disse: Escolhei, e tomai cordeiros, segundo as vossas famílias, e imolai a Páscoa”.
3)    Se fermento é símbolo de pecado, segundo afirmam, e Jesus é o Pão da vida, e se sabemos que Jesus carregou “Ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados”, a ponto de clamar na cruz “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”, e que, na hora da Ceia, declarou que aquele pão era Seu corpo, como explicar isto? Logo, o corpo de Jesus, o Pão, estava com todos os pecados da humanidade, portanto levedado.
 
O Véu
Em 15 de junho de 1963, mais uma profecia: “O Espírito Santo restabeleceu o uso do véu na Igreja, como está escrito na Bíblia, para as suas servas cobrirem a cabeça na hora do culto. Tipo figurativo na promessa da graça, muito antes da Lei no Sinai”.
Gn 24.64-65 - “Também Rebeca levantou os olhos, e, vendo a Isaque, apeou do camelo, e perguntou ao servo: Quem é aquele homem que vem pelo campo ao nosso encontro? É o meu senhor, respondeu. Então, tomou ela o véu e se cobriu”.
O uso do véu, na Grécia, tinha um significado. A mulher casada usava véu, o que queria dizer que ela estava debaixo da autoridade de um homem, o seu marido. Já as mulheres que porventura, tivessem adulterado ou que fossem prostitutas, tinham seus cabelos rapados. Esse era o costume e o significado do véu e da cabeça rapada.
Paulo ensinou que “no Senhor, todavia, nem a mulher é independente do homem, nem o homem, independente da mulher”.
ICo 11.11 - “No Senhor, todavia, nem a mulher é independente do homem, nem o homem, independente da mulher”.
Então, as senhoras da Igreja de Corinto não queriam usar o véu, e foram, por isso, advertidas por Paulo, que disse:
ICo 11.6 - “Portanto, se a mulher não usa véu, nesse caso, que rape o cabelo. Mas, se lhe é vergonhoso o tosquiar-se ou rapar-se, cumpre-lhe usar véu”.
Se Paulo quisesse que o véu fosse usado pelas mulheres cristãs, em todas as Igrejas, ele teria, certamente, feito a orientação às demais Igrejas. Mas ele não o fez. Tratava-se, apenas, de um costume local.
ICo 11.16 - “Contudo, se alguém quer ser contencioso, saiba que nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus”.
 
Conclusão
Como pudemos observar, à luz das Escrituras, estamos diante de uma seita herética que está preocupada em deturpar as verdades da Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada.
A Obra da Restauração está baseada em profecias, em ritos e costumes, frutos de uma distorção da Palavra de Deus. É a tentativa de agradar a Deus com o exterior, através de cerimônias e rituais, que são doutrinas de homens.