A Maçonaria, como se encontra agora, surgiu em meados do século XVII, na Inglaterra. Por volta de 1650, ocorreu um grande declínio na construção civil de então, principalmente de catedrais, o que trouxe reflexos negativos nas associações de pedreiros, conhecidos como pedreiros-livres. Essas associações passaram, então, a ter um cunho social.
Essa nova forma de organização deu origem a cerca de 1.700 Lojas ou Oficinas, como são chamados os locais de reunião da Maçonaria. E, já em 1730, os ingleses introduziram as Lojas nos EUA, onde está o maior número de maçons no mundo.
Alguns historiadores fazem provir a Maçonaria dos antigos mistérios pagãos religiosos do velho Egito e da antiga Grécia. Outros, admitem que ela tenha se originado, por ocasião da construção do Templo de Jerusalém, no reinado de Salomão, rei dos israelitas (IRs 6 e 7), e lhe dão como fundador Hiram Abifm, sugerido como arquiteto do citado templo.
A maioria dos escritores maçons, contudo, é de opinião que a Maçonaria deve sua origem e existência a uma confraria de pedreiros, criada por Numa, em 715 a.C.. Com o passar dos tempos, porém, essa sociedade perdeu o seu caráter primitivo e muitas pessoas, estranhas à arquitetura, nela foram admitidas.
No Brasil, a Maçonaria teve início nos tempos do Império. Conta a sociedade maçom no Brasil com dezenas de milhares de adeptos. Em todo o mundo, são mais de seis milhões de maçons (dados de 1963).
A Estrutura da Maçonaria
A Maçonaria é organizada em ritos, sendo estes, divididos em graus. Há dois ritos principais, o ESCOCÊS e o YORK. O escocês tem 33 graus e equivalem aos 10 graus do rito York. Cada grau procura ensinar um moral. Os graus de 1 a 3 são iguais nos dois ritos, devendo o maçom escolher, ao alcançar o grau 3, qual rito seguirá, se o escocês ou o York.
O rito escocês tem 33 graus que são conhecidos por números ou títulos, ao passo que os graus do York são conhecidos, apenas, por títulos.
São os seguintes os graus do sistema maçônico nos ritos escocês e York, respectivamente:
Grau 01 e Grau 02, - Aprendiz Maçom;
Grau 02 – Companheiro;
Grau 03 – Companheiro e Mestre Mom;
Grau 04 – Mestre Secreto, Mestre Eminente;
Grau 09 – Mestre Eleito dos Nove, Pós-Mestre;
Grau 13 – Mestre do Arco Nono, Mestre Excelentíssimo;
Grau 17 – Cavaleiro do Leste e Oeste, Mestre do Arco Real;
Grau 25 – Cavaleiro da Serpente de Bronze, Ordem da Crus Vermelha;
Grau 29 – Cavaleiro de Santo André, Ordem dos Cavaleiros de Malta;
Grau 33 – Grande Soberano Inspetor Geral, Ordem dos Cavaleiros Templários.
O maçom visa obter, através do galgar dos diversos graus da Maçonaria, o estado de purificação, de perfeição; contudo, nós sabemos como alcançar a purificação.
IJo 1.9 - “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”.
Pv 20.9 - “Quem pode dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou do meu pecado?”.
Sl 19.12 - “Quem há que possa discernir as próprias faltas? Absolve-me das que me são ocultas”.
Admissão
Não é maçom quem quer, e, sim, quem pode. No seu livro “O que é a Maçonaria”, diz A. Tenório d’Albuquerque: “A Maçonaria só deve admitir em seu seio quem é livre e de bons costumes, quem dispõe de recursos financeiros e tem qualidades morais consideráveis e um grau de instrução que lhe permita compreender, interpretar as belezas incomparáveis que a Maçonaria apresenta, os seus elevados fins humanitários e o seu simbolismo”. O iniciante precisa de um padrinho da Maçonaria, alguém que o apresente.
Na proposta de filiação à Maçonaria, o profano é obrigado a declarar quanto ganha mensalmente, e, ainda, vai sofrer uma sindicância, por parte de três membros da Loja, que averiguarão os hábitos do candidato, se tem vícios, o seu conceito na sociedade, o seu grau de instrução e, até, se possui algum defeito físico.
Como se vê, não é maçom quem quer, mas quem pode, ou seja, quem dispõe de certa soma de requisitos morais, intelectuais e financeiros.
A Bíblia diz que Deus não faz acepção de pessoas.
At 10.34 - “Então, falou Pedro, dizendo: Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas;”.
Dt 10.17 - “O Senhor, vosso Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e temível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita suborno”.
ICo 1.26-29 -“Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus”.
Leia, atentamente, estes textos e observe que Deus não vê como vê o homem.
ISm 16.7 - “Porém, o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração”.
Ritual de Iniciação para o Primeiro Grau
O candidato despe-se de todas as suas vestes, vestindo, em seguida, uma espécie de pijama, apropriado para o ritual. Então, com os olhos vendados, é conduzido à porta do templo, onde afirma ser um PROFANO, que está vindo para a luz da Maçonaria. O Venerável da Loja, em seguida, brada de modo blasfemo e sacrílego: HAJA LUZ. A seguir, a venda é retirada dos olhos do iniciante.
O outro passo é a apresentação da morte e ressurreição de Hiram Abif, tido como filho de uma viúva de Tiro, o qual, através da morte e ressurreição, tornou-se, em todo o mundo, o Supremo Augusto Mestre da Maçonaria. Então, acontece a morte simbólica do iniciante. Seu “cadáver” tem que ressuscitar, a fim de que o candidato possa “nascer de novo”, e, depois de duas tentativas, o Mestre da Loja consegue ressuscitá-lo, por meio da garra da Pata do Leão. Agora, sim, ele nasceu de novo. Após tudo isso, ele faz o juramento.
Juramentos
Para cada grau da Maçonaria, há um juramento específico. O fato é que o maçom jura não revelar coisas de que ainda nem tomou conhecimento! Só como ilustração, veremos a jura do grau 1 – Aprendiz:
“Eu, fulano de tal, juro e prometo, de livre vontade, pela minha honra e minha fé, na presença do Supremo Arquiteto do Universo, que é Deus, e perante esta assembléia de maçons, solene e sinceramente, nunca revelar qualquer dos mistérios da Maçonaria que me vão ser confiados, senão a um bom e legítimo irmão, ou em Loja regularmente constituída, nunca os escrever, gravar, imprimir ou empregar outros meios pelos quais possa divulgá-los. Juro ajudar e defender meus irmãos em tudo que puder e for necessário, e reconhecer como única Potência Maçônica legal e legítima, no Brasil, “O Grande Oriente e Supremo Conselho do Brasil”, ao qual prestarei obediência. Se violar este juramento, seja-me arrancada a língua, o pescoço cortado e o meu corpo enterrado nas areias do mar, onde o fluxo e o refluxo me mergulhem em perpétuo esquecimento, sendo declarado sacrílego e desonrado para com os homens”. (Ritual do Primeiro Grau – Aprendiz, Edição de 1983, páginas 35 e 36).
Se os mistérios e segredos da Maçonaria são bons, por que não são divulgados para o benefício dos povos? Jesus não mandou os discípulos guardarem segredo; Ele disse:
Mt 10.27 - “O que vos digo às escuras, dize-o a plena luz; e o que se vos diz ao ouvido, proclamai-o dos eirados”.
Jo 18.20 - “Declarou-lhe Jesus: Eu tenho falado francamente ao mundo; ensinei continuamente tanto nas sinagogas como no templo, onde todos os judeus se reúnem, e nada disse em oculto”.
Os Símbolos
Instrumentos de arquiteto e pedreiro são muito usados. Destacam-se: O compasso, a régua, o esquadro, o nível, o prumo, o escopo, o malhete, a alavanca e tantos outros usados pelos mestres da arquitetura.
O Delta, triângulo que tem no centro um olho, que representa todos os atributos da divindade, fica acima do trono do Venerável Mestre, entre o Sol e a Lua, e estes representam as forças do sumo Criador.
O Esquadro representa a moralidade; o Nível, a igualdade, enquanto o Prumo é o critério da retidão moral e da verdade, que ensina o maçom a marchar, desviando-se da inveja, perversidade e injustiça.
Hb 1.1-3 - “Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual, também, fez o universo. Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas”.
A Palavra de Deus nos mostra qual a única representação que Deus aceita, aquela que é a expressão exata do seu Ser.
O Culto
O Segundo Código maçônico diz que o verdadeiro culto a Deus consiste nas boas obras.
Já a Bíblia diz que o nosso culto deve ser como está descrito na Epístola aos Romanos e no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo João.
Rm 12.1 - “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”.
Jo 4.24 - “Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”.
As Orações
Os maçons fazem orações, entretanto não as fazem em Nome de Jesus, como a Bíblia ensina.
Jo 14.13-14 - “E tudo, quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa, em meu nome, eu o farei”.
Esquecem que, entre Deus e os homens, há um só Mediador.
ITm 2.5 - “Porquanto, há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem,”.
Cerimônias Fúnebres
Nos funerais, há uma cerimônia na Loja, sem a presença do falecido; outra em uma Igreja ou residência, e outra no cemitério. Em todas elas, a salvação pelas obras é enfatizada, e diz-se estar o falecido, passando da Loja Terrestre para a Loja Celestial, o que implica no fato de crer a Maçonaria que seu adepto está salvo.
Estas são as palavras finais, ditas nas cerimônias realizadas na Loja: “... que o Grande Arquiteto receba em seu seio a alma do nosso irmão e permita que encontre, no templo celestial da imortalidade, a recompensa de que se fez merecedor pelas suas virtudes”. (Manual Ortodoxo do Mestre Maçom, páginas 80-86).
Ef 2.8-9 - “Porque, pela graça, sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”.
O Cristão não pode ser Maçom
Uma pessoa que professa a fé em nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, não pode tomar parte na Maçonaria. E por quê? Porque ...
1) Ninguém pode servir a dois senhores.
Como o cristão poderá servir ao Senhor Jesus e, ao mesmo tempo, tomar parte em cultos pagãos? Como poder ser fiel à Loja, onde fez juramento sobre situações que desconhecia, e, também, ao Senhor Jesus, sem desobedecer a qualquer dos dois?
Mt 6.24 - “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas”.
2) Na Maçonaria, a salvação é pelas obras e méritos humanos.
Como alguém, que nasceu de novo, se tornou templo do Espírito Santo, foi lavado no Sangue do Cordeiro, pode aceitar a doutrina da salvação pelas obras? É uma contradição.
IITm 1.9 - “... que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça, que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos, ...”.
3) Para ingressar, é necessário declarar-se um profano.
Ninguém, que tenha temor de Deus, vai, sendo templo do Espírito Santo, declarar que é um profano.
Hb 10.28-29 - “Sem misericórdia, morre pelo depoimento de duas ou três testemunhas, quem tiver rejeitado a Lei de Moisés. De quanto mais severo castigo, julgais vós, será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça?”.
4) A Maçonaria aceita pessoas de todo credo.
A Palavra de Deus proíbe ao cristão qualquer tipo de união, comunhão, sociedade ou harmonia com pessoas incrédulas.
IICo 6.14-15 - “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou, que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo?”.
5) O cristão não deve se assentar na roda dos escarnecedores.
Sl 1.1-3 - “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e, tudo quanto ele faz, será bem sucedido”.
Um verdadeiro cristão não pode ingressar na Maçonaria, pois isto seria o mesmo que voltar ao vômito, como o cão; ou à lama, como faz a porca.
IIPe 2.20-22 - “Portanto, se, depois de terem escapado das contaminações do mundo, mediante o conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, se deixam enredar de novo e são vencidos; tornou-se o seu último pior que o primeiro. Pois melhor lhes fora nunca tivessem conhecido o caminho da justiça, do que, após conhecê-lo, volverem para trás, apartando-se do santo mandamento que lhes fora dado. Com eles aconteceu o que diz certo adágio verdadeiro: O cão voltou ao seu próprio vômito; e: A porca lavada voltou a revolver-se no lamaçal”.
O cristão é a luz do mundo, o sal da terra, nunca um profano.
A Maçonaria é mais um caminho que ao homem parece direito, mas, ao cabo dá em caminhos de morte, conforme Pv 14.12. É mais uma artimanha para levar o homem a buscar, pelos próprios esforços e méritos, aquilo que Deus preparou para o homem, sem acepção de pessoas.
ITm 2.4 - “... o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade”.
Conclusão
Estamos a cada estudo, desmascarando, com a Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, a espada do Espírito, as seitas e religiões falsas com as suas heresias.
Na Maçonaria, Jesus não é o centro das atenções. Ensinam o homem a desenvolver a sua própria salvação. Estas são características que permitem a identificação da Maçonaria como uma religião falsa, uma seita herege.
Oremos por aqueles cristãos que se encontram no seio da Maçonaria sejam livres; e não são poucos; até pastores estão lá. Só a misericórdia de Deus poderá arrancá-los de lá.
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